:: Um relato romântico sobre os gansos
Nesta semana, enquanto eu apurava as diferenças entre pato e marreco, descobri que ainda se come ganso. E então fui fuçar sobre o assunto. Li um pouco sobre os estudos de Konrad Lorenz, um cientista conhecido como “pai da etologia”. Ele observava, justamente, o comportamento dessas aves, que se reproduzem pouquíssimo em relação aos patos (imagina em relação às galinhas?), são briguentas e obedecem uma hierarquia social assustadora (assustadora foi por minha conta). Lá pelas tantas, li um trecho de um dos textos que separei, que fiquei com vontade de escrever aqui para registrar. São aspas dele, sobre o pai, dois apaixonados pelos animais, com a casa sempre cheia de gansos:
“O velho senhor amava os gansos cinzentos, principalmente pelo comportamento cavalheiresco dos machos; portanto ele não abria mão de convidá-los diariamente para o café da manhã na varanda... Para meu espanto, certo dia à tarde, indo ao jardim, quase não encontrei gansos. Com meus pressentimentos corri até o escritório de meu pai e vejam: reunidos ao redor do meu velho sobre um tapete persa maravilhoso, encontravam-se 24 gansos. Ele bebericava seu chá lendo o jornal e oferecendo pedaços de pão às aves.”
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