segunda-feira, outubro 11

:: As flores

Ontem comprei flores pra ela. As mais delicadas daquela floricultura da quitanda, que adoro. Não combinaram muito com o vaso, ela sabe. Aliás, precisamos sair para comprar vasos. Qualquer dia desses vamos fazer isso, comprar vasos. Quando cheguei, o jazz estava tão baixinho que mal conseguia ouvir. E ela estava ali na cozinha. Naquela cozinha aberta para a sala, com piso de ladrilho hidráulico, como se estivésemos nas fazendas de café do passado. Mesa posta, com taças lindas de vinho, mas tomei Coca. E ela nos serviu mais uma daquelas receitas do livro da Carla Pernambuco. Quando pegou emprestado aqui de casa, marcou receita por receita que queria fazer dali. E, a cada fim de semana, apronta uma coisa nova. Vai ao Santa Luzia fazer compras pela manhã, dos melhores ingredientes, depois organiza o mise en place com uma delicadeza que me espanta. Nos serviu neste domingo de chuva um bacalhau desfiado misturado com arroz branco e selvagem e uma pasta de linguado e maçã-verde do além _tudo enroladinho em folhas de uva.

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