sexta-feira, julho 29

:: Criado-mudo

É o primeiro livro de Eliane Brum que leio. E é o primeiro dela que é ficção. E tem me pesado um tanto essa coisa da verdade das vidas. Ela diz coisas que grifo e que me afligem um pouco como essa história de que uma verdade pode ser contanda em pedacinhos bem pequenos de mentiras.

Ela fala do branco. "O branco não é a soma de todas as cores, mas a ausência de todos os sentimentos. O branco não tem dor nem medo nem vilania. Por isso é a cor da paz, porque é a soma do que subtrai o humano." Lembra do campo de girassóis negros. "Acho que foi a coisa mais triste que vi."

Gosto da imagem da xícara de chá e dos raios de sol: "O sol entra pelas frestas da cortina apenas o suficiente para não precisar de luz artificia, e há um cheiro de hortelã no ar. Me sinto dentro de uma xícara de chá".

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