sábado, agosto 30

:: Sábados burocráticos

Depois que a gente vira adulto - e não tem mesmo mais volta - o sábado vira um dia burocrático, para resolver as coisas práticas da vida que a gente nunca tem tempo. Entao eu roubo o carro na sexta à noite, sábado levanto bem (bem) cedo. Abro a janela e dá certo desânimo difícil de controlar quando o tempo está ruim. Depois de um café rápido enquanto passo o olho nas manchetes do jornal, vou ao inglês, que acaba só 13h.

Depois que a gente vira adulto (e não tem mais volta), sábado fica burocrático mas não menos glamuroso: depois do inglês, mesmo quando o frio aperta, lá estou eu de havaianas para fazer a unha -- vermelhíssima. Mãos e pés em ordem, é hora de buscar os quadros emoldurados que você deixou na loja de molduras no sábado anterior. E aí dá aquela alegria de ver o poster do Matisse, ali, dançando pra você, que, mais tarde, vai ocupar a parede da salinha-micro-de-jantar.

No supermercado, a idéia é algo rápido e prático e em conta, mas nunca dá certo. Saio carregada de coisinhas gostosas pra receber os amigos para o chá - se vierem. Também aproveito para colorir um pouco mais a fruteira do centro da mesa. E então é hora de ir na loja de presentes porque quinta é dia de jantar especial, na casa de amiga-aniversariante.

Frio, muito frio nos pés, ar quente no carro e é hora de ir pra minicasa. Descarregar tudo sozinha dá certo trabalho, mas é gostoso. Neurótica por arrumação, tudo está em seu devido lugar e é hora de preparar algo rápido para o almoço. Depois de comer lentamente, lavar louça dá certa preguiça. Tudo nos trinques, é hora de vir aqui, escrever um pouco para aquecer.

Hoje é sábado, mas também é dia de trabalhar. Sem crise.

Um comentário:

Fabio Rigobelo disse...

Você é MUITO fofa.
Me faz admirado e respeitoso. Até demais, nos últimos tempos... eu sei. Mas quando eu crescer eu ainda quero ser, ao menos, parecido com vc. Bj.