sexta-feira, maio 15

:: As companhias

Tem os vinhos, os cavalos, a boa comida, o sol com frio cortante, as lindas paisagens. Mas tem mais que isso. Num momento em que meu forte não é "ser" social, tive a sorte de vir para Mendoza com pessoas queridas e engraçadas e interessantes e faceis de conviver.

Então não tem essa coisa do esforço social porque a coisa simplesmente acontece. E o pânico de não ter trocado dinheiro e de não ter tido tempo de comprar o adaptador universal passou rapidamente quando vi que todos os meus iguais estavam na mes-ma situação. Então sofremos juntos na hora de gastar uns dólares no adaptador e decidimos juntos não trocar pesos e usar cartão de crédito.

E aí vieram as centollas no mercado muncipal de Santiago, no intervalo de um voo pro outro. Depois os brindes com vinho branco. Aí tem essa coisa de chegar na casa de Terrazas e encontrar um quarto deslumbrante, com um chapéu de palha sobre a cama e depois sair fazendo pose, junto com a cambada.

E então um diz que ser jornalista é a forma mais chique de ser pobre e eu anotei minutos depois, quando parei de rir. E tem sido mais ou menos assim.

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