quarta-feira, maio 25

:: Um fim da tarde meu

"Todo dia o sol levanta e a gente canta o sol de todo dia. Fim da tarde a terra cora e a gente chora porque fim da tarde. Quando a noite, a lua mansa e a gente dança venerando a noite"

Um suspiro de alegria e paz, na minicasa.

Um comentário:

Bruno disse...

Me lembrou disso:

Brilho Final

Sempre é comovedor o ocaso
por mais indigente e charro que seja,
porém mais comovedor ainda
é aquele brilho desesperado e final
que enferruja a planície
quando o sol último afundou.
Nos dói suster essa luz intensa e distinta,
essa alucinação que impõe ao espaço
o unânime medo da sombra
e que cessa de repente
quando notamos sua falsidade,
como cessam os sonhos
quando sabemos que sonhamos.

Jorge Luis Borges