domingo, setembro 4

:: Pensamentos do sol

Quando o dia amahece assim, livre de nuvens, de céu azul, azul, me bate uma vontade mista. Uma vontade de sair para comprar flores. Uma vontade de desprender bons minutos (ou horas, quem sabe) ajeitando meus vasinhos pela minicasa ao som dessas meninas folk de que adoro e me dão alegria.

Tomo o meu leite com café de sempre, na caneca de bolinhas coloridas de sempre com a água gelada de sempe também.

E agora escuto The Be Good Tanyas e me vem um sentimento de leveza que nem me deixa ficar aflita com o fato de ter de ir, mais tarde, ao mercado para comprar meus itens básicos: ovos, leite, coca zero, papel-higiênico.

E me deu vontade de contar pra ele que hoje vou almoçar no papai e que lá é ainda melhor em dias de sol. Mas não sei se ele iria entender minha fixação pelo pé de limão-siciliano, carregado, que tem ali no jardim.

E também coisinhas tolas como o lugar que enfim conheci ontem, a Casa de Francisca, que entrou pra minha lista de cantinhos mais amáveis de São Paulo. Eu descreveria em detalhes, mas não sei se ele teria muita paciência. Ou se fecharia os olhos para visualizar. Também contaria do livro que estou lendo e dos livros que comprei ontem na minha adorada Livraria da Vila, depois de pegar aquela estrada livre, livre, sozinha, ouvindo minhas músicas prediletas e livrando a cabeça desse e daquele pensamento. Coisa boa.

Grifei mais montes do Tabucchi que agora chega quase ao final –e aquele vazio, ai, aquele vazio. E me encanto cada vez mais com aquelas cartas –aquelas cartas que os homens escrevem para as mulheres. E vou observando aquelas relações todas quase preparada para começar a ler o best-seller que compramos juntas ontem. Combinamos assim: vamos ler juntas, ao mesmo tempo, esse best-seller "Um Dia". E eu falei: será meu primeiro best-seller e isso me aflige um pouco. Mas tem essa coisa meio cafona de se reinventar, não tem?

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