quinta-feira, outubro 30

:: Quando fui bater pernas na Liberdade

Ir à Liberdade é quase um ato de coragem. Você precisa se conhecer muito bem para não enlouquecer num bairro como esse. Talvez eu não me conheça tão bem assim.

Depois do metrô, a gente pensa rapidamente em onde comer, para recarregar as energias para as compras. O jantar está marcado para sexta-feira. Sexta agora, depois e amanhã.

A entrada daquela galeria assusta um pouco, mas, garanto, lá dentro tem um restaurante gostoso. Vamos. E fomos. As meninas. Ela comeu sushi e sashimi, ela tirinhas de carne com gengibre, e, sobre a mesa, também tampuras de camarão porque a outra estava com desejo.

Na hora de pagar, ninguém resiste ao sorvete Melona. Ninguém. Prontas, fomos à Casa Bueno. Ela disse, por escrito, que a carne fatiada fica nos fundos, ao lado esquerdo. E lá estava. Não pergunte ao atendente, pois ele vai dizer é para sukiyaki, e você quer, na verdade, usar no shabu-shabu, vai se confundir. Tudo vai dar certo. Compre as acelgas maiores e confira se tem perfex em casa para limpar o shiitake e o shimeji. Tudo ticado. Eu e minhas listas intermnáveis.

No carrinho, aproveito para colocar potinhos sortidos - eu nunca aguento - e também umas latinhas de suco de lichia Chin Chin. No finalzinho, dá para mastigar uns quadradinhos de fruta. Incrível mesmo.

Ainda bem que na receita estão marcados dois temperinhos da S&B. Porque, mesmo que não tivesse, acho que eu teria comprado. Para acabar, só para acabar, eu digo, vou pegar uma caixinha de chá de jasmim. Olha a caixinha... Naquela voz amolecida.

É hora de ir naquela loja-que-a-gente-quer-comprar-tudo ali na frente da Bakery Itiriki. Então respiro fundo e penso, não vou entrar na Bakery. Hoje não. Na loja, ela caminha por todos os corredores até me levar na ala das cerâmicas. Pegamos coisas e devolvemos pelo caminho. Pegamos e devolvemos. Quando o carrinho tem mais coisas que pegamos do que devolvemos, olhamos uma para a outra: assim está bem.

E chegam as cerâmicas. Aqueles potinhos pintados que preenchem mais espaço vazio e a gente sempre tentando nos convencer de que precisamos. E como vamos servir o caldo? É a nossa primeira grande recepção. Então fechamos a conta carregando sacolas, temperos, travessas e um monte de novas idéias.

Em casa, hora de dormir, amanhã é dia de Mercadão.

Um comentário:

marcella franco disse...

uau!
eu quero ir nesse...evento?
Liberdade+Mercadão? aí vem coisa boa...