sexta-feira, novembro 16

:: A quinta-domingo

Ato 1: Good Morning



E eu, que pensei que nunca mais fosse ter feriado, estou aqui, de pernas para o ar. Hoje foi assim: uma quinta com cara de domingo. Mas acabou perfeita porque, na verdade, era mesmo uma quinta e não um domingo.

Acordei. Aquela chuva. Peguei o jornal, li. Conversei um pouco na sala, tomando um café Santo Grão coado. Depois, voltei pra cama e dormi tudo de novo. Sem culpa. Energias recuperadas, uma delícia.

Ato 2: As canções mais lindas do mundo



Levantei pela segunda vez encanada com uma música do Caetano. Eu estava puta comigo mesma: como eu consigo cantarolar a melodia da música e não lembro - jamais - do nome e do disco para ouvir e repetir? Sou mesmo meio esquecida com nomes e afins. Mas... Caetano? Tenho todos os discos. Podia percorrer tranqüilamente a prateleira ali na letra “c” da ala “MPB” e.... pronto! Nada. Não lembrei, mas também não desisti.

Eu lembrava, ao menos, o motivo que tinha feito a melodia grudar na minha cabeça. Outro dia, ao acaso, revi "Eros". Aquele filme com três momentos que falam de amor, um de Michelangelo Antonioni, outro de Steven Soderbergh e, o último, de Kar Wai Wong (mesmo de "Amor à Flor da Pele"). Não sei bem porque vi pela segunda vez se, logo na primeira, saí irritada do cinema - não gostei nem um pouco de duas, das três histórias. Acho que foram as circunstâncias - tenho pensado nessa coisa das circunstâncias ultimamente...

E então, no final do Antonioni para o Soderbergh, desenhos com o fundo de... Caetano Veloso. Fucei e descobri que a música era justamente " Michelangelo Antonioni". Depois ficou fácil achar o disco e, ao mesmo tempo, lembrar um dos únicos bons motivos para ouvir "Noites do Norte". Foi assim. Almocinho em casa ouvindo Caetano no repeat.

Ato 3: Telão



Fiz algumas coisas burocráticas (quem escapa?) e o dia já estava com cara de noite. Enrolei um pouco fora de casa e chegou a hora de ir para o cinema. Assisti "Crimes de Autor", do Lelouch. É inteiro bom. É inteiro incrível. A gente até desacredita. Na verdade, essa sensação boa que bons filmes trazem se repetiu algumas vezes durante a Mostra. Mas "Crimes de Autor" deixei para ver depois da estréia no circuito. Dito e feito. Vale muito a pena.

Ato 4: Voltando para casa...



As luzes já estavam apagadas, como costuma ser. Sempre sou a última a chegar e a última a dormir. Mas ela gritou lá do quarto e eu entrei. Estava lendo o final do livro que não larga. Conversa rápida para avisar que “tem quitutes da Douce France ali na cozinha”... Fui até lá agradecendo. É muito luxo acabar um feriado com croissants e mil-folhas de Fabrice Lenud.

Ato 5: Antes de ir "já pra cama"



A fórmula perfeita: escrevo um pouco, enquanto atualizo o iPod com as melhores coisas: o disco mais recente do Joshua, Zé da Velha, D'Angelo... Carrego a bateria e: estou pronta para amanhã.

4 comentários:

Felipe Marini disse...

Quase tão bom é a segunda-sexta!!
Falou em atualizar o Ipod, eu lembrei! Preciso te passar os dois do Metheny-Mehldau!

lufec disse...

rarara pode crer! phé, temos de fazer uma sessão conjunta de iPod, né? um dia na casa do di, um dia na sua e da má...

cami disse...

adorei esse post. tá começando a se entender com são paulo? beijos

Diogo disse...

né!?

Quem voltou a gostar de sampa?

Quero mudar de casa, pra poder receber todos vocês em paz!