quarta-feira, julho 8

:: Das noites e das manhãs

Ontem eu fugi do jornal porque às vezes, dentro da gente, não dá. E ela disse que eu devia sair mais cedo mesmo e que deveria ir pra aula de bike e fazer todo o esforço possível até esquecer do resto. E foi mais ou menos assim. Depois abdominal, para não rir por uma semana, só por escrito. E um banho demorado com todas as frescuras que tenho direito - e adoro - ouvindo João Gilberto para acalmar. E uma noite dos deuses para uma manhã dos deuses, ufa.

Eu estava mesmo precisando de uma manhã assim. Com sol e um pouco de frio, com tempo pro suco de laranja, para o jornal, para pentear o cabelo devagar, para os afazeres matinais. Depois veio as burocracias da farmácia, mas eu sempre gosto. Sou uma louca consumista em qualquer tipo de farmácia, god. E ainda deu tempo de passar numa loja pra tentar achar um casaquinho preto e umas blusinhas. E nada de casaquinho preto e blusinhas, mas saí com um vestido preto novo - a única coisa que, definitivamente, eu não precisava. Mas eu tenho dessa coisa de não resistir, às vezes.

No caminho pro jornal, fui ouvindo o último disco que ele gravou. Ele sempre surpreende. Dessa vez acertou nos sambinhas mais gostosos. Tem o Baden dele e a minha Bethânia. Tem o nosso Noel Rosa e o Adorinan de todo mundo. Tem Tom Zé e Caetano, que a gente sempre repete. Tem Luiz Melodia e Gil e as mulheres superpoderosas. Elis, Elizeth. E, no repeat, Nilo Amaro e Seus Cantores de Ébano, com "Fiz a Cama na Varanda", que eu sabia, desde o primeiro acorde, que ia ser coisa de repeat mesmo. Lá está. E eu gosto cada vez mais, com tudo que vem junto.

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