:: Jantar do avesso
Não entendo por que diabos eu ainda não aprendi que cozinhar à noite, em dia de semana, logo depois de um fechamento, quando você está com sono e com fome, devia ser uma coisa abolida. Ontem foi assim. Vontade de cozinhar desde cedo e até tirei a carne do congelador. E nada me tira da cabeça que eu ia sim cozinhar e não importava a hora. Por isso eu repito: burra.
O bolo de carne com sopa de cebola ficou no forno com e sem e com e sem e com e sem papel-alúminio mil vezes até eu acertar. E adivinha? Não acertei. Ficou fora do ponto, todo estranho. Justo no dia que ele ia deixar essa coisa do não às carnes pra lá, só pra provar o prato que eu mais gosto de fazer e de comer em casa.
As batatas. Aquela coisa de batata-bolinha, orgânica, recém-chegada na tal da cesta que tanto gostei. O tal instrumento de descascar batatas que ela me deu (como chama?). O alecrim, o sal grosso. E aí uma travessinha pra aproveitar o calor do forno e fazer um alho confit. E as batatinhas vão pro forno. E saem do forno duras. E voltam pra água quente com caldo de legumes. E voltam pro forno. E saem do forno - e ficam no ponto. Mas não ficam douradas, lindas, suculentas.
E a coca light da geladeira que acabou? E a cerveja que ele mais gosta que acabou?
E, depois, uma manhã do avesso. Vou ouvir Caetano e fazer dez respirações lentas antes de continuar. A vida, eu digo. Continuar a vida.
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Um comentário:
olá, se tiver um tempinho passe no meu blog!
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