sexta-feira, agosto 31

:: Muito ela



Eu adoro o jeito dela. Cada semana ela começa um regime novo, mas ela é do tipo magra. Ela inventa mudar os treinos também para não estacionar nenhum tipo de gordurinha, mas ela é do tipo que malha. Mais: ela corre no parque, toma sol ao mesmo tempo (atenção) e ainda faz o tipo saudável (dessas que trabalham até tarde, mas levantam cedo pra correr). Esse tipinho insuportável. Ela pega as minhas manias e dissemina. E eu adoro, claro. Mais: ela ri das minhas manias e dissemina essa coisa meio alegre que a gente tem quando se junta. Ela leva marmita para o trabalho e adora quando faço o mesmo. Mas a gente discute porque ela prefere as mesas do refeitório e eu odeio o refeitório. Na verdade, eu odeio aquele andar inteiro. Todas as manhãs ela vem com os casos da noite anterior. Sempre tem um mocinho novo. Ela sempre está apaixonada, mas não tem paciencia para namoro. Quando a coisa tá muito séria, acaba. Ela não gosta de grude e faz aquela banca de independente, mas, dá pra perceber, ela adora quando a gente diz "você é tudo na vida da minha pessoa". Hoje ela disse que está mesmo apaixonada (ela disse: "apaixonada sem precedentes"). Eu gosto disso nela também. Essa coisa exagerada que é meio parecida comigo. Ela fala as coisas na cara, mesmo que sejam coisas doídas. Tem uma tatuagem incrível e eu imitei. Agora temos a mesma japa tatuadora. Ela gosta do México, estuda bebidas e adora tomar um porre. Deois reclama de dor de cabeça. Eu me comovo, e cuido. Uma das coisas que ela mais adora é que eu sei o caminho da antiga casa dela de cabeça - e eu sou a única. Ela tem uma cadela feinha, mas que a gente ama muito. Branquela, diferente dela que é pretinha, e vez ou outra sai pra dar uma volta de bike junto. Ela diz que tem saudade e às vezes me faz convites relâmpagos que dão certo. A gente já se passou por um casal na frente dos elevadores do jornal e depois fez o exercicio do mês pra barriga de tanto rir. Ela adora que eu sempre falo que vou poder pular o abdominal quando tenho ataque de riso. E então é mais ou menos assim. A gente inventa um monte pra história da construção de uma amizade. E a coisa vira verdade.

Um comentário:

Diogo disse...

luca, vou começar a escrever com mais frequência no meu blog.

Dá uma passadinha por lá de vez em quando ok?

beijos

Di

http://rapsberrydreams.blogspot.com
beijos

pan