:: Quinta-feira de manhã
A manhã está quase acabando e em breve devo almoçar. Hoje vou almoçar em casa, provavelmente no sofá, com uma manta (que adoro) nos pés. Hoje o trabalho todo será feito só à tarde, e de casa, talvez embaixo de um edredom, porque o frio resolveu apertar - e eu sou friorenta. As panelas estão ali no fogo e o cheiro da comidinha caseira chega até aqui - a cozinha é aberta. Hoje acho que vou pular a salada - é o frio.
Acordei pouco antes da nove, como normalmente tem sido. E, de lá pra cá, já fui de uma casa para outra e li. Só. Comecei pelo Comida, da Ilustrada, e adorei a matéria da Jana sobre a Liberdade. Porque estava mesmo planejando um passeio por lá, principalmente pelo Marukai (um dos mercados verdadeiramente tentadores, cheio de esquisitices orientais). Agora tenho uma espécie de guia dessas coisas estranhas que eu não ia saber o que são e ia ficar nervosa (eu sempre fico nervosa). Depois li a Ilustrada.
Em seguida veio o Paladar e fiquei pensando porque não escrevi um roteiro sobre os drinques quentes de café com alcool antes. Ao mesmo tempo, achei meio deslocado ser publicado agora, quando já está mais calor do que frio. Também fiquei um pouco intrigada com o fato de o repórter ter citado dois drinques do Oscar Café, sendo que a lista era bem enxuta. Justo agora, com esse monte de cafeteria bacana que tem por aí. Oscar Café??? Ok, ali tem café da Fazenda Daterra, do Atelie do Café, mas pelamor. Aquilo lá é um pesadelo. Abriu, fechou, trocou toda a equipe (atenção, toda!). Abriu de novo com o mesmo grau de incompetência. Aquela falta de profissionalismo que irrita, que faz você pagar a conta antes mesmo de tomar o seu café (que você pagou nessa mesma conta), já que o café não chegou depois de 24 minutos esperando. Então, eu me pergunto: e aí que o lugar tem dois drinques bacanas de café com alcool? Se eu vou ficar ali, tomando chá de cadeira? Sendo quase mal-tratada? Se eu nem sequer vou experimentar os tais dos drinques porque ninguém tem capacidade de levá-los à mesa? Enfim. Acabei de ler o Paladar. Depois li o Caderno 2.
O resto do jornal que me espere um pouco. Porque estava ali na minha mochila preta da The North Face (outro post) a revista que comprei ontem enquanto andava na rua entre um ônibus e outro (porque agora minha vida é assim). A Rolling Stone deste mês tem nada mais (ou nada menos que a gente fala?) que Caetano na capa. Com um olho supermaquiado e o outro não. Babei na matéria. Não só porque o Caetano faz todo o sentido na minha vida desde pequena, mas porque o repórter arrasou muito. Marcus Preto foi a alguns shows da turnê de "Cê", dividiu as várias horas de conversa entre camarim e hotel.
A vantagem das matérias longas (e bem escritas, claro) é que você pode aproveitar detalhes que tavez não fizessem sentido se você tivesse espaço só para um lide. E, pra mim, são essas coisinhas que despertam. Saber que ele ama Nescau e que a assistente dele sempre leva um pote quando estão em turnê, para ele se sentir em casa. Que ela desfaz as malas e coloca as roupas no armário pelo mesmo motivo. Ele gosta de comer alface, rucula e qualquer outro verde com as mãos - e pra isso não coloca azeite, apesar de gostar. Ele raramente dorme antes das seis. E frequentemente levanta no meio da tarde.
Tem uma passagem muito boa que traz comentários dos músicos que estão com Caetano no "Cê". Quando Ricardo Dias Gomes foi convidado pra tocar por e-mail, por Pedro Sá, pensou (aqui reproduzo as aspas da matéria): "Caralho! Porra! Vou tocar com o Caetano! O vocalista da minha banda agora vai ser o Caetano Veloso!". Eu achei isso muito bom mesmo. Marcelo Callado disse que conhecia Caetano "de encontrar em festa, no BB Lanches (...)". E aí eu fiquei lembrando dos meus intermináveis e repetidos cafés da manhã no BB Lanches. Aquele suco de fruta-do-conde está entre as melhores coisas da vida. Claro, tomado ali, naquela calçada carioca.
E então comecei a ler a matéria sobre a Céu, mas parei. Vou retomá-la mais tarde. Preferi ler mais um pedacinho do "Guia do Barista", do Bressani, que a Cris Couto editou. Ler e grifar. Anotar alguma coisa do lado. Entrar no mundo do café e fazer com que ele entre no meu mundo. Assim.
Agora vim aqui, porque a primeira bateria de leituras acabou. Ouvindo "Cê" pra ficar no clima, casaco de vó porque estou em casa e não devo nada a ninguém. E o cheirinho de comida.... A hora do almoço chegou.
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Um comentário:
Oscar Café, como pode Lu, me conta? Aquilo lá é uma espelunca bem decorada. Fora a hostess ... "seje bem-vinda". Cruzes!
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