quinta-feira, junho 25

:: Fora da ordem

Depois de reconstruir toda a rotina - e aprender a gostar de quase tudo - as coisas voltaram aos velhos tempos. Mas, como ela diz, as coisas nunca voltam da mesma forma depois que você mudou.

E mal voltei à rotina, tratei de mudar a rotina de novo. Não com uma nova rotina, como foi há dois, três meses. Estou falando de pequenas coisas. Sabe aquele poema "Mude", que diz coisas como "quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho" ou "abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda"? É mais ou menos isso. Os pequenos gestos.

Então venci a preguiça matinal dos dias chuvosos, fui à terapia, fui à manicure e fiz o serviço completo: depilação, mão, pé, uma beleza. Depois ia ter almoço na firma, aquela coisa zero glamour. Por isso a gente mudou os planos e foi almoçar na casa dela. Nós três.

Antes de colocar os raviólis na água quente, ela me fez provar um cru. Ela tem essa coisa meio criança de comer cru e eu idem, confesso. Depois colocou Louis Armstrong bem alto e cantou junto enquanto esquentava o molho. Eu arrumei a mesa e acertei até a gaveta dos talheres. E então sentamos, almoçamos-delícia, conversamos com risada, escovamos os dentes pela casa, tiramos foto com os gatos (sempre, sempre tiro foto com os gatos), listamos os próximos discos que temos de gravar umas pras outras.

E depois, que venha a rotina. Não é ou não é?

Um comentário:

marcella franco disse...

é!
totality!
e a berinjela estava ótema também, né?
amo amo!