:: Achismos
Eu acho que eu quero vender meu ingresso do Tim Festival do dia 28, que tem Björk, The Killers, Artic Monkeys... Alguém quer comprar?
sábado, setembro 29
sexta-feira, setembro 28
:: Menininha
Eu estou tensa porque amanhã é dia de colocar a mão na massa e mexer na máquina de café. Além da tensão que isso gera em si, eu ainda desmarquei a manicure porque para tirar café eu preciso:
cortar todas as minhas unhas bem curtinhas
tirar o esmalte
abolir o perfume
prender o cabelo
E agora?
Eu estou tensa porque amanhã é dia de colocar a mão na massa e mexer na máquina de café. Além da tensão que isso gera em si, eu ainda desmarquei a manicure porque para tirar café eu preciso:
cortar todas as minhas unhas bem curtinhas
tirar o esmalte
abolir o perfume
prender o cabelo
E agora?
:: Um pedaço da saudade
Um pouco da saudade que eu sinto de NY tem a ver com as minhas tardes no gramadão do Central Park (que eu relembrei um pocuo outro dia vendo Woody Allen que amo tanto). Quando o tempo começou a melhorar e começaram a raiar aqueles dias ensolarados, ainda com alguma brisa, eu saía da escola, ia andando para a casa, sempre buscando caminhos diferentes dos que eu tinha feito de manhã, ou no dia anterior, ou na semana anterior. Eu queria olhar coisas novas, entender a disposição dos cafés, das bancas de revista, onde eu sempre parava para comprar o New York Times e, às quartas, religiosamente, a Time Out, as lojas... Eu queria entender melhor a direção das pessoas nas diferentes horas do dia e, mais, eu queria entender, de uma vez por todas, aqueles turistas alucinados pela Times Square enquanto eu só pensava ir para o Brooklyn, para Williamsburg. E então eu chegava em casa, preparava meu almoço (quando eu estava muito feliz, tinha aspargos e cogumelos nos pratos que eu inventava), comia, olhava meus e-mails, escrevia pra um ou pra outro. Desarrumava a minha mochila, pegava minha canga colorida nova que a Mari Tassi tinha me dado, bem grandona, checava se o iPod estava mesmo carregado, deixava caderninho, canetas e um livro na bolsa, colocava as havaianas verdes e saía. Eu caminhava até o Central Park... Ai, o Central Park. E então, eu deitava ali no meio, sempre no mesmo lugar. Foi assim que fiquei amiga de uma babá de duas crianças lindas, que peguei no colo e brinquei por dias. Falamos qualquer coisa em inglês no começo, eu meio tímida... Paramos. E então ela falou alguma coisa em português às crianças e eu não acreditei. Foi mais ou menos assim. Depois disso, chegou uma, duas, três babás. Depois outra e mais outra. Elas juntavam um monte de cangas (mesmo!) e espalhavam aquelas crianças fofitas ali. E eu virei conhecida depois do terceiro dia, acho. Me chamavam pelo nome e eu podia pegar no colo quem eu bem entendesse. Um dia que eu não ia, no seguinte perguntavam o que tinha acontecido. Uma delícia. Eu me sentia em casa - e estava. Às sextas, era dia das próprias mães levarem seus filhos para passear. Neste último dia de gramadão, com um aperto indscritível, tirei algumas fotos.
Um pouco da saudade que eu sinto de NY tem a ver com as minhas tardes no gramadão do Central Park (que eu relembrei um pocuo outro dia vendo Woody Allen que amo tanto). Quando o tempo começou a melhorar e começaram a raiar aqueles dias ensolarados, ainda com alguma brisa, eu saía da escola, ia andando para a casa, sempre buscando caminhos diferentes dos que eu tinha feito de manhã, ou no dia anterior, ou na semana anterior. Eu queria olhar coisas novas, entender a disposição dos cafés, das bancas de revista, onde eu sempre parava para comprar o New York Times e, às quartas, religiosamente, a Time Out, as lojas... Eu queria entender melhor a direção das pessoas nas diferentes horas do dia e, mais, eu queria entender, de uma vez por todas, aqueles turistas alucinados pela Times Square enquanto eu só pensava ir para o Brooklyn, para Williamsburg. E então eu chegava em casa, preparava meu almoço (quando eu estava muito feliz, tinha aspargos e cogumelos nos pratos que eu inventava), comia, olhava meus e-mails, escrevia pra um ou pra outro. Desarrumava a minha mochila, pegava minha canga colorida nova que a Mari Tassi tinha me dado, bem grandona, checava se o iPod estava mesmo carregado, deixava caderninho, canetas e um livro na bolsa, colocava as havaianas verdes e saía. Eu caminhava até o Central Park... Ai, o Central Park. E então, eu deitava ali no meio, sempre no mesmo lugar. Foi assim que fiquei amiga de uma babá de duas crianças lindas, que peguei no colo e brinquei por dias. Falamos qualquer coisa em inglês no começo, eu meio tímida... Paramos. E então ela falou alguma coisa em português às crianças e eu não acreditei. Foi mais ou menos assim. Depois disso, chegou uma, duas, três babás. Depois outra e mais outra. Elas juntavam um monte de cangas (mesmo!) e espalhavam aquelas crianças fofitas ali. E eu virei conhecida depois do terceiro dia, acho. Me chamavam pelo nome e eu podia pegar no colo quem eu bem entendesse. Um dia que eu não ia, no seguinte perguntavam o que tinha acontecido. Uma delícia. Eu me sentia em casa - e estava. Às sextas, era dia das próprias mães levarem seus filhos para passear. Neste último dia de gramadão, com um aperto indscritível, tirei algumas fotos.
quinta-feira, setembro 27
:: Artístico
Onde mais gosto de aprender arte, de ver arte, de ler sobre arte, de buscar arte é no www.ohdarling.zip.net.
Isso porque a Gi coloca ali imagens lindas que dizem um monte de coisas. Ou ela inventa de falar sobre as obras e aí vira o melhor programa para as minhas madrugadas no branquinho.
Eu dizia que não entendia nada de arte. Até ir pra NY e ficar viciada nessa coisa de ir aos museus, uma, duas, três, mil vezes. Foi bem assim mesmo. Aí, cada dia que eu visitava a Gi ela tinha um livro de arte novo, um texto (atenção, em inglês!) do curso de arte contemporânea que ela fez na NYU (ela é básica mesmo) sobre alguma exposição em cartaz. Aí, algumas vezes, faltava me carregar pelas mãos nos museus - que não fomos juntas. Porque ela me dava uma aula classudíssima antes das minhas visitas solitárias e, por isso, eu via as obras com aquele olhar novo, delicioso.
Depois discutíamos juntas. E ela me ensinando. O melhor é a postura. Um estilo ansioso, animado, de falar e falar e falar mais ainda quando via meus olhos brilhando, ouvindo, ouvindo e ouvindo mais ainda quando ela decidia falar mais ainda. Sabe assim? Sem topete, sem essa coisa chata de quem entende muito de alguma coisa, sem salto alto... Assim, de igual pra igual, enquanto eu descrevia os cardápios e discorria sobre as dores de amores ali no Carnegie Deli, depois de algum bom show.
Onde mais gosto de aprender arte, de ver arte, de ler sobre arte, de buscar arte é no www.ohdarling.zip.net.
Isso porque a Gi coloca ali imagens lindas que dizem um monte de coisas. Ou ela inventa de falar sobre as obras e aí vira o melhor programa para as minhas madrugadas no branquinho.
Eu dizia que não entendia nada de arte. Até ir pra NY e ficar viciada nessa coisa de ir aos museus, uma, duas, três, mil vezes. Foi bem assim mesmo. Aí, cada dia que eu visitava a Gi ela tinha um livro de arte novo, um texto (atenção, em inglês!) do curso de arte contemporânea que ela fez na NYU (ela é básica mesmo) sobre alguma exposição em cartaz. Aí, algumas vezes, faltava me carregar pelas mãos nos museus - que não fomos juntas. Porque ela me dava uma aula classudíssima antes das minhas visitas solitárias e, por isso, eu via as obras com aquele olhar novo, delicioso.
Depois discutíamos juntas. E ela me ensinando. O melhor é a postura. Um estilo ansioso, animado, de falar e falar e falar mais ainda quando via meus olhos brilhando, ouvindo, ouvindo e ouvindo mais ainda quando ela decidia falar mais ainda. Sabe assim? Sem topete, sem essa coisa chata de quem entende muito de alguma coisa, sem salto alto... Assim, de igual pra igual, enquanto eu descrevia os cardápios e discorria sobre as dores de amores ali no Carnegie Deli, depois de algum bom show.
:: Intercâmbio
(do Politéia Desvairada, porque faz sentido aqui também)
"Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos seus amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio, e, em cada homem honesto, acumula-se um número bastante considerável de coisas no gênero. E acontece até o seguinte: quanto mais honesto é o homem, mais coisas assim ele possui (…)
Agora, quero justamente verificar: é possível ser absolutamente franco, pelo menos consigo mesmo, e não temer a verdade integral?"
Dostoievski - Memórias do sub-solo (pág. 52)
(do Politéia Desvairada, porque faz sentido aqui também)
"Existem nas recordações de todo homem coisas que ele só revela aos seus amigos. Há outras que não revela mesmo aos amigos, mas apenas a si próprio, e assim mesmo em segredo. Mas também há, finalmente, coisas que o homem tem medo de desvendar até a si próprio, e, em cada homem honesto, acumula-se um número bastante considerável de coisas no gênero. E acontece até o seguinte: quanto mais honesto é o homem, mais coisas assim ele possui (…)
Agora, quero justamente verificar: é possível ser absolutamente franco, pelo menos consigo mesmo, e não temer a verdade integral?"
Dostoievski - Memórias do sub-solo (pág. 52)
:: Será que o meu coração resiste?
Sou fâ mesmo e daí? Sempre fui meio assim com o Caetano. Agora veio o Joshua. Junto com um monte de histórias. O Caetano apareceu na minha vida assim que eu nasci e então as histórias foram construídas com ele no meio. O Joshua não. O Joshua veio bem depois, depois mesmo das histórias. Cada um com o seu signficado, mas, eu me acabo pelos dois. Quando estou muito feliz, quando estou muito triste são eles que eu ouço. Eu pulo até perder o ar ou me afogo nas lágrimas - até perder o ar também.
E hoje foi assim, fiquei o dia todo fora fazendo um monte de coisas gostosas e, quando voltei, dois e-mails mexeram comigo. Adoro. Um deles era dela, dizendo que era estava me dando uma colherzinha de açúcar para adoçar meu dia. Achei fofo porque ela contava que fui elogiada (na verdade ela disse "superelogiadíssima") num almoço com umas cinco pessoas (ou foram quatro? ou seis?). Ela escreveu que um disse "que morre de inveja de você porque você é tão organizada e que seu texto é muito bom". Isso não é fofo?
Depois veio o e-mail da querida Cris Batista, do Bourbon, e produtora da festa de máscaras que eu mais adoro. Chamava "presentinho" e vinha com um monte de fotos do gato. Eu não agüento. Pago pau mesmo e coloco aqui pra todo mundo ver. Quem cansa de olhar uma beldade dessas? E ainda tive de suportar vê-lo nas ruas de Nova York. Mereço? Dá uma olhadinha de leve:
Sou fâ mesmo e daí? Sempre fui meio assim com o Caetano. Agora veio o Joshua. Junto com um monte de histórias. O Caetano apareceu na minha vida assim que eu nasci e então as histórias foram construídas com ele no meio. O Joshua não. O Joshua veio bem depois, depois mesmo das histórias. Cada um com o seu signficado, mas, eu me acabo pelos dois. Quando estou muito feliz, quando estou muito triste são eles que eu ouço. Eu pulo até perder o ar ou me afogo nas lágrimas - até perder o ar também.
E hoje foi assim, fiquei o dia todo fora fazendo um monte de coisas gostosas e, quando voltei, dois e-mails mexeram comigo. Adoro. Um deles era dela, dizendo que era estava me dando uma colherzinha de açúcar para adoçar meu dia. Achei fofo porque ela contava que fui elogiada (na verdade ela disse "superelogiadíssima") num almoço com umas cinco pessoas (ou foram quatro? ou seis?). Ela escreveu que um disse "que morre de inveja de você porque você é tão organizada e que seu texto é muito bom". Isso não é fofo?
Depois veio o e-mail da querida Cris Batista, do Bourbon, e produtora da festa de máscaras que eu mais adoro. Chamava "presentinho" e vinha com um monte de fotos do gato. Eu não agüento. Pago pau mesmo e coloco aqui pra todo mundo ver. Quem cansa de olhar uma beldade dessas? E ainda tive de suportar vê-lo nas ruas de Nova York. Mereço? Dá uma olhadinha de leve:
:: Das leituras
Ganhei "O Passado", de Alan Pauls, da Bel Coelho no meu primeiro - ou segundo? - fim de semana de volta ao Brasil. Escrevi sobre ele aqui, aliás. Escrevi sobre toda a história, como foi que ganhei e tal. E então, na época, logo comecei a ler. Parei depois de alguns dias. Os livros são assim, existem momentos certos para serem lidos. Não era o momento. E isso não tem a ver com gostar ou não da obra.
Peguei de volta da bancada do meu quarto ontem à noite, durante uma crise de insônia. Abri na página marcada com um marcador especial, que adoro, que me faz lembrar das minhas leituras prediletas e seus significados. Voltei algumas páginas para trás, tavez um capítulo, ou dois. Comecei a reler devagar, tentando digerir aquilo tudo. Não é das missões mais fáceis, mas agora senti que as coisas ganharam um novo sentido. Quem sabe isso quer dizer que a hora é agora. Ainda não sei. Li mais um pouco no ônibus cheio que peguei para ir para o curso. Me isolei completamente. Quando cheguei, fiz algumas anotações no meu caderninho...
"A separação não era o além do amor: era seu limite, seu auge, a borda interna de seu confim"
"Era curioso: a extinção do amor só fizera multiplicar as formas, os cuidados, as atmosferas do amor"
"Diga que me odeia, que gostaria de me bater, me fazer sangrar, que se apaixonou por outra mulher, que está indo morar noutro país, mas não diga que está se esquecendo de mim"
Ganhei "O Passado", de Alan Pauls, da Bel Coelho no meu primeiro - ou segundo? - fim de semana de volta ao Brasil. Escrevi sobre ele aqui, aliás. Escrevi sobre toda a história, como foi que ganhei e tal. E então, na época, logo comecei a ler. Parei depois de alguns dias. Os livros são assim, existem momentos certos para serem lidos. Não era o momento. E isso não tem a ver com gostar ou não da obra.
Peguei de volta da bancada do meu quarto ontem à noite, durante uma crise de insônia. Abri na página marcada com um marcador especial, que adoro, que me faz lembrar das minhas leituras prediletas e seus significados. Voltei algumas páginas para trás, tavez um capítulo, ou dois. Comecei a reler devagar, tentando digerir aquilo tudo. Não é das missões mais fáceis, mas agora senti que as coisas ganharam um novo sentido. Quem sabe isso quer dizer que a hora é agora. Ainda não sei. Li mais um pouco no ônibus cheio que peguei para ir para o curso. Me isolei completamente. Quando cheguei, fiz algumas anotações no meu caderninho...
"A separação não era o além do amor: era seu limite, seu auge, a borda interna de seu confim"
"Era curioso: a extinção do amor só fizera multiplicar as formas, os cuidados, as atmosferas do amor"
"Diga que me odeia, que gostaria de me bater, me fazer sangrar, que se apaixonou por outra mulher, que está indo morar noutro país, mas não diga que está se esquecendo de mim"
quarta-feira, setembro 26
:: Troca-troca
É muita responsabilidade isso de ser citado em outros blogs, viu? Ainda mais quando sai do âmbito "amizade" e a coisa vira pro lado profissional. Dá até um certo frio na barriga. Claro, antes de tudo, sou amiga da Cris Couto. Antes de tudo não. Antes de tudo mesmo, ela foi minha chefe no Basilico. Me transmitiu pacientemente ensinamentos importantes sobre o mundo do jornalismo e da comida. Depois disso, veio a amizade. Hoje em dia, conversamos sobre a vida - e é uma delícia -, viajamos juntas para congressos e, atenção, falamos muito sobre trabalho e jornalismo em geral. É sempre construtivo, apesar de algumas revoltas, que, em dupla, ganham força...
E ela vem me ensinando um monte sobre café também. Começou estudar desde cedo e entende bastante do assunto. Eu aproveito para aprender com ela, enquanto estudo bastante no meu mundo particular. Enfim, depois do meu texto sobre a Nespresso na Vejinha, ela fez um texto no blog dela (que, aliás, é um dos que mais gosto hoje em dia sobre o universo da gastronomia, sobretudo o que ela traz sobre a história da alimentação, já que ela é acadêmica da área) referindo-se ao meu. E até me linkou por lá. Vejam só:
http://www.sejabemvinho.blogspot.com
Pra quem gosta do assunto, vale ler o post porque complementa o meu. Pra quem não gosta, vale pelo primor do texto. Além disso, o site é bacana em si, o layout, o som ambiente, as fotos...
Passa lá. Depois me conta.
É muita responsabilidade isso de ser citado em outros blogs, viu? Ainda mais quando sai do âmbito "amizade" e a coisa vira pro lado profissional. Dá até um certo frio na barriga. Claro, antes de tudo, sou amiga da Cris Couto. Antes de tudo não. Antes de tudo mesmo, ela foi minha chefe no Basilico. Me transmitiu pacientemente ensinamentos importantes sobre o mundo do jornalismo e da comida. Depois disso, veio a amizade. Hoje em dia, conversamos sobre a vida - e é uma delícia -, viajamos juntas para congressos e, atenção, falamos muito sobre trabalho e jornalismo em geral. É sempre construtivo, apesar de algumas revoltas, que, em dupla, ganham força...
E ela vem me ensinando um monte sobre café também. Começou estudar desde cedo e entende bastante do assunto. Eu aproveito para aprender com ela, enquanto estudo bastante no meu mundo particular. Enfim, depois do meu texto sobre a Nespresso na Vejinha, ela fez um texto no blog dela (que, aliás, é um dos que mais gosto hoje em dia sobre o universo da gastronomia, sobretudo o que ela traz sobre a história da alimentação, já que ela é acadêmica da área) referindo-se ao meu. E até me linkou por lá. Vejam só:
http://www.sejabemvinho.blogspot.com
Pra quem gosta do assunto, vale ler o post porque complementa o meu. Pra quem não gosta, vale pelo primor do texto. Além disso, o site é bacana em si, o layout, o som ambiente, as fotos...
Passa lá. Depois me conta.
:: Boa notícia
Parece que o 7º Campeonato Brasileiro de Barista será de 5 a 8 de dezembro lá no nosso incrível Mercadão, o Mercado Municipal. E a final deve cair num sábado para todo mundo ter chance de assistir e prestigiar. Eba!
Para quem se animar, vale um tour bem curioso pelas barracas. Eu sugiro:
**Casa Irmãos Borges - são duas unidades, uma com bacalhau e azeitonas e outra com chocolates e frutas secas.
**Bar do Mané - que ganhou fama com o enorme sanduíche de mortadela.
**Empório Chiappetta - que é o mais "sofisticado" box dali e tem outras unidades espalhadas pela cidade igualmente suculentas: tem bons vinhos, o disputado bacalhau e frutas secas... Muitas!
**Hocca Bar - porque você nnao pode sair de lea sem ficar um tempão numa fila gigante para experimentar o pastel de bacalhau gigante e gorduroso.
Você ainda pode ficar ali parado.... Só olhando os belos vitrais:
Parece que o 7º Campeonato Brasileiro de Barista será de 5 a 8 de dezembro lá no nosso incrível Mercadão, o Mercado Municipal. E a final deve cair num sábado para todo mundo ter chance de assistir e prestigiar. Eba!
Para quem se animar, vale um tour bem curioso pelas barracas. Eu sugiro:
**Casa Irmãos Borges - são duas unidades, uma com bacalhau e azeitonas e outra com chocolates e frutas secas.
**Bar do Mané - que ganhou fama com o enorme sanduíche de mortadela.
**Empório Chiappetta - que é o mais "sofisticado" box dali e tem outras unidades espalhadas pela cidade igualmente suculentas: tem bons vinhos, o disputado bacalhau e frutas secas... Muitas!
**Hocca Bar - porque você nnao pode sair de lea sem ficar um tempão numa fila gigante para experimentar o pastel de bacalhau gigante e gorduroso.
Você ainda pode ficar ali parado.... Só olhando os belos vitrais:
terça-feira, setembro 25
:: Ai, o café solúvel
Eu sabia que o café solúvel era feito com o café robusta (que, em linhas gerais, são de qualidade inferior e mais baratos, mais adistringentes e amargos, cultivados em pequenas altitudes). Mas aprendi hoje que, pior, uma máquina prensa os grãos para tirar todo o óleo (que é exportado para o Japão a preços altíssimos e usados na produção de cosméticos e perfumes) e, num momento avançado do processo, o café é pulverizado e aromatizado com o café arábica (que, também em linhas gerais, são de qualidade superior e mais caros, mais adocicados e ácidos, cultivados em grandes altitudes).
Quem toma?
Eu sabia que o café solúvel era feito com o café robusta (que, em linhas gerais, são de qualidade inferior e mais baratos, mais adistringentes e amargos, cultivados em pequenas altitudes). Mas aprendi hoje que, pior, uma máquina prensa os grãos para tirar todo o óleo (que é exportado para o Japão a preços altíssimos e usados na produção de cosméticos e perfumes) e, num momento avançado do processo, o café é pulverizado e aromatizado com o café arábica (que, também em linhas gerais, são de qualidade superior e mais caros, mais adocicados e ácidos, cultivados em grandes altitudes).
Quem toma?
segunda-feira, setembro 24
:: O meu mantra
Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana.
Porque, sabe, a pessoa discute o tema com especialistas, estuda, lê pra caramba, bebe café em todos os lugares e aí se mete a sentar a bunda na cadeira e escrever um texto meio crítico sobre a Nespresso. E então, escreve xícaras de cerâmica e não porcelana. Aí fica aquela situação, né...
Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana.
Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana.
Porque, sabe, a pessoa discute o tema com especialistas, estuda, lê pra caramba, bebe café em todos os lugares e aí se mete a sentar a bunda na cadeira e escrever um texto meio crítico sobre a Nespresso. E então, escreve xícaras de cerâmica e não porcelana. Aí fica aquela situação, né...
Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana. Nunca escrever ou falar cerâmica no lugar de porcelana.
domingo, setembro 23
:: Todo mundo se achando
Não resisti: li isso aqui no Politéia Desvairada, da Cami O., e trouxe pra cá. Copio mesmo! Ai.
honra!
A Lu Fecarotta - amiga queridíssima e blogueira de primeira - sim, porque o blog dela é muito lindo, interessante e ela consegue manter sempre muito atualizado! fora o tom cool, chic, feminino, inteligente que deixa claro que a menina é culta, mas não no sentido blasé, no sentido de quem tem referências mesmo e sabe desfrutar delas na vida. enfim, pago pau! - então. essa mesma pessoa me citou no blog dela! gente, tô me achando!
aí vai a dica, porque vale muito a pena ter esse blog nos favoritos:
http://lufec.blogspot.com/
Não resisti: li isso aqui no Politéia Desvairada, da Cami O., e trouxe pra cá. Copio mesmo! Ai.
honra!
A Lu Fecarotta - amiga queridíssima e blogueira de primeira - sim, porque o blog dela é muito lindo, interessante e ela consegue manter sempre muito atualizado! fora o tom cool, chic, feminino, inteligente que deixa claro que a menina é culta, mas não no sentido blasé, no sentido de quem tem referências mesmo e sabe desfrutar delas na vida. enfim, pago pau! - então. essa mesma pessoa me citou no blog dela! gente, tô me achando!
aí vai a dica, porque vale muito a pena ter esse blog nos favoritos:
http://lufec.blogspot.com/
sexta-feira, setembro 21
:: De mal com São Paulo
Desde que voltei, estou de mal com a cidade. Cada dia é mais difícil enfrentar esse desamor. Essa vontade de pegar metrô e andar sozinha até tarde, voltar pra casa sem cheiro de cigarro do vizinho que estava pulando do seu lado no show que vocês dois, apesar de muito diferentes um do outro, gritaram loucamente e tiveram alguma coisa dentro que movimentou.
Então faço a minha listinha do que me deixa feliz. Meus pais, os amigos, os perfumes, a manicure, o meu quarto, as fotos, os discos, o cafezinho. Aí no meio desse sentimento que até dói a Cami vem para mostrar o outro lado. Ela é urbana como eu. Ama NY como eu. E quer ser mais feliz em SP, como eu. Ela me mostra um pouco como fazer isso. Olha o começo do post dela no politeiadesvairada.blogspot.com:
"No feriado do 7 de setembro, eu fui para São Paulo, digo fui e não fiquei porque o ir é se propor a desfrutar uma cidade, como turista mesmo e o ficar é ficar em casa, sair pra jantar e ir ao cinema no máximo, o que é muito diferente."
Desde que voltei, estou de mal com a cidade. Cada dia é mais difícil enfrentar esse desamor. Essa vontade de pegar metrô e andar sozinha até tarde, voltar pra casa sem cheiro de cigarro do vizinho que estava pulando do seu lado no show que vocês dois, apesar de muito diferentes um do outro, gritaram loucamente e tiveram alguma coisa dentro que movimentou.
Então faço a minha listinha do que me deixa feliz. Meus pais, os amigos, os perfumes, a manicure, o meu quarto, as fotos, os discos, o cafezinho. Aí no meio desse sentimento que até dói a Cami vem para mostrar o outro lado. Ela é urbana como eu. Ama NY como eu. E quer ser mais feliz em SP, como eu. Ela me mostra um pouco como fazer isso. Olha o começo do post dela no politeiadesvairada.blogspot.com:
"No feriado do 7 de setembro, eu fui para São Paulo, digo fui e não fiquei porque o ir é se propor a desfrutar uma cidade, como turista mesmo e o ficar é ficar em casa, sair pra jantar e ir ao cinema no máximo, o que é muito diferente."
:: Vícios do ouvido
Sabe quando criança pede pra ouvir a mesma história quinhentas vezes? Eu sou mais ou menos assim com os meus CDs novos. Agora é a vez do "Rodopio", do Luiz Tatit. Eu ouço e ouço de novo e de novo. Não é das coisas mais fáceis de digerir, mas eu, que fui criada ouvindo Grupo Rumo, tenho uma ligação antiga então a coisa entra macia no ouvido....
Depois de ver o pocket e ficar apaixonada pelo Jonas Tatit no violão (é uma coisa impressionante), abaladinha com as melodias, com as participações da Ná, o que mais me impressiona no disco são as letras. A sensibilidade para falar das relações, as saídas delicadas para falar do óbvio. Acho louvável. Mesmo. Deste disco tem as minhas duas prediletas, "Atração Fatal", que a Ná já tinha gravado, e agora veio melhor em uma versão ao vivo com os dois nos vocais, e "Achou", com a Ceumar. Mas, depois, tem todas as outras. Quero entrar nas letras, nas histórias. Quero sair um pouco da minha vida ao invés de ficar encontrando paralelos...
Uma palhinha, eu não resisto:
Atração Fatal
Ná Ozzetti E Luiz Tatit
Veio só
aportou
foi demais
arrasou
um redemoinho de emoção
Balançou
provocou
a melhor
sensação
pois pegou em cheio o coração
Não foi no pé
não foi na mão
nem muito menos na cabeça
foi direto ao coração
Passou ligeiro pela boca
se embrenhou pela garganta e foi direto ao coração
O nariz
desprezou
o olhar
nem olhou
pra chegar depressa ao coração
Não quis boquinha bonitinha
nem corpinho gostozinho
foi direto ao coração
E ali ficou
ponto final
se acomodou
achou legal
Pegou o pulso
fundamental
reproduziu
batendo igual
Entrou no tempo
uma atração
fatal
Batendo junto
batendo igual
no mesmo pulso
amor total
Com devoção
De coração
Veio só aportou
se alojou
Achou!
Dante Ozzetti e Luiz Tatit
Investir
É cultivar o amor
Se despir
É ativar
Resistir
É aturar o amor
Insistir
É saturar
Aderir
É estar com seu amor
Adorar
É superstar
Aplaudir
Até sentindo dor
É amar
Quem puder
Viver um grande amor
Verá
Consentir
É educar o amor
Seduzir
É cutucar
Amarei!
É conjugar o amor
Não amei!
É enxugar
Avançar
É conquistar o amor
Amansar
É como está
Como estou
Com muito amor pra dar
Eu dou!
Quem estiver
Atrás de um grande amor
Achou!
Sabe quando criança pede pra ouvir a mesma história quinhentas vezes? Eu sou mais ou menos assim com os meus CDs novos. Agora é a vez do "Rodopio", do Luiz Tatit. Eu ouço e ouço de novo e de novo. Não é das coisas mais fáceis de digerir, mas eu, que fui criada ouvindo Grupo Rumo, tenho uma ligação antiga então a coisa entra macia no ouvido....
Depois de ver o pocket e ficar apaixonada pelo Jonas Tatit no violão (é uma coisa impressionante), abaladinha com as melodias, com as participações da Ná, o que mais me impressiona no disco são as letras. A sensibilidade para falar das relações, as saídas delicadas para falar do óbvio. Acho louvável. Mesmo. Deste disco tem as minhas duas prediletas, "Atração Fatal", que a Ná já tinha gravado, e agora veio melhor em uma versão ao vivo com os dois nos vocais, e "Achou", com a Ceumar. Mas, depois, tem todas as outras. Quero entrar nas letras, nas histórias. Quero sair um pouco da minha vida ao invés de ficar encontrando paralelos...
Uma palhinha, eu não resisto:
Atração Fatal
Ná Ozzetti E Luiz Tatit
Veio só
aportou
foi demais
arrasou
um redemoinho de emoção
Balançou
provocou
a melhor
sensação
pois pegou em cheio o coração
Não foi no pé
não foi na mão
nem muito menos na cabeça
foi direto ao coração
Passou ligeiro pela boca
se embrenhou pela garganta e foi direto ao coração
O nariz
desprezou
o olhar
nem olhou
pra chegar depressa ao coração
Não quis boquinha bonitinha
nem corpinho gostozinho
foi direto ao coração
E ali ficou
ponto final
se acomodou
achou legal
Pegou o pulso
fundamental
reproduziu
batendo igual
Entrou no tempo
uma atração
fatal
Batendo junto
batendo igual
no mesmo pulso
amor total
Com devoção
De coração
Veio só aportou
se alojou
Achou!
Dante Ozzetti e Luiz Tatit
Investir
É cultivar o amor
Se despir
É ativar
Resistir
É aturar o amor
Insistir
É saturar
Aderir
É estar com seu amor
Adorar
É superstar
Aplaudir
Até sentindo dor
É amar
Quem puder
Viver um grande amor
Verá
Consentir
É educar o amor
Seduzir
É cutucar
Amarei!
É conjugar o amor
Não amei!
É enxugar
Avançar
É conquistar o amor
Amansar
É como está
Como estou
Com muito amor pra dar
Eu dou!
Quem estiver
Atrás de um grande amor
Achou!
:: Tentando entender a Nespresso
Outro dia fui à Nespresso, ali na charmosa Padre João Manoel, nos Jardins. Tomei dois espressos, o Volluto (levemente torrado, encorpado e com toque de acidez) e o Cosi (com notas de limão). Fiquei ali, intrigada, tentando entender esta rede que já se instalou em 40 países e faz o maior sucesso. Então discuti um pouco com a expert Cris Couto para clarear as idéias.
A primeira coisa importante é entender que não se trata de uma cafeteria. Ali é uma butique de luxo, fria, sem aconhecago. O cafezinho ali é pretexto. O principal são as máquinas e os acessórios à venda. Quando você entende isso, fica mais fácil apreciar os blens cuidadosamente elaborados, com grãos de ótima qualidade, garimpados por aí (muitos aqui do Brasil). Do contrário, esqueça.
O espresso servido ali não pode ser comparado, jamais, aos das cafeterias da cidade. A proposta é completamente diferente. Ali, o barista desempenha papel importante no desenvolvimento dos blens, seleção dos grãos**.... Nada além. O barista não faz parte do processo de extração do café. Você tem máquinas incrivelmente ajustadas (do ponto de vista técnico) e uma mocinha sem a menor graça ali atrás do balcão para apertar um botão. Pronto. O barista não integra este processo, como nas cafeterias.
Ou seja, as máquinas são de altíssimo nível para você obter um espresso com diferentes aromas, crema na espessura correta, sem abertura, temperatura correta. As máquinas são maravilhosas para servir um cafezinho com charme em casa. O café é armazenado em coloridas capsulas à vácuo, em 9 diferentes blends, além de 3 opções para xícaras de 110ml. Mas, mais além, desista. Este espreso nunca vai poder competir com aquele que envolve o profissional, que domina as características dos grãos utilizados, com o tempo exato de extração, a regulagem das máquinas, a água com oleosidade ideal, o nivelamento preciso do café, a compactação.... E por aí vai.
A Nespresso, por exemplo, comete deslizes (ou será que no caso de uma butique não é um deslize?) como utilizar também xícaras de vidro (e não as de porcelana arredondadas na base). Por isso é importante entender a proposta. Para poder curtir aquele monte de produto com designs elegantíssimos. Aquelas capsulas coloridas, as máquinas, aquele ambiente frio e moderno.
**Na verdade, o profissional responsável pelo desenvolvimento dos blends não é, necessariamente, um barista. Aliás, isso não é função para eles. São, normalmente, agrônomos, com domínio total da produção, e também degustadores, especializados em café.
Outro dia fui à Nespresso, ali na charmosa Padre João Manoel, nos Jardins. Tomei dois espressos, o Volluto (levemente torrado, encorpado e com toque de acidez) e o Cosi (com notas de limão). Fiquei ali, intrigada, tentando entender esta rede que já se instalou em 40 países e faz o maior sucesso. Então discuti um pouco com a expert Cris Couto para clarear as idéias.
A primeira coisa importante é entender que não se trata de uma cafeteria. Ali é uma butique de luxo, fria, sem aconhecago. O cafezinho ali é pretexto. O principal são as máquinas e os acessórios à venda. Quando você entende isso, fica mais fácil apreciar os blens cuidadosamente elaborados, com grãos de ótima qualidade, garimpados por aí (muitos aqui do Brasil). Do contrário, esqueça.
O espresso servido ali não pode ser comparado, jamais, aos das cafeterias da cidade. A proposta é completamente diferente. Ali, o barista desempenha papel importante no desenvolvimento dos blens, seleção dos grãos**.... Nada além. O barista não faz parte do processo de extração do café. Você tem máquinas incrivelmente ajustadas (do ponto de vista técnico) e uma mocinha sem a menor graça ali atrás do balcão para apertar um botão. Pronto. O barista não integra este processo, como nas cafeterias.
Ou seja, as máquinas são de altíssimo nível para você obter um espresso com diferentes aromas, crema na espessura correta, sem abertura, temperatura correta. As máquinas são maravilhosas para servir um cafezinho com charme em casa. O café é armazenado em coloridas capsulas à vácuo, em 9 diferentes blends, além de 3 opções para xícaras de 110ml. Mas, mais além, desista. Este espreso nunca vai poder competir com aquele que envolve o profissional, que domina as características dos grãos utilizados, com o tempo exato de extração, a regulagem das máquinas, a água com oleosidade ideal, o nivelamento preciso do café, a compactação.... E por aí vai.
A Nespresso, por exemplo, comete deslizes (ou será que no caso de uma butique não é um deslize?) como utilizar também xícaras de vidro (e não as de porcelana arredondadas na base). Por isso é importante entender a proposta. Para poder curtir aquele monte de produto com designs elegantíssimos. Aquelas capsulas coloridas, as máquinas, aquele ambiente frio e moderno.
**Na verdade, o profissional responsável pelo desenvolvimento dos blends não é, necessariamente, um barista. Aliás, isso não é função para eles. São, normalmente, agrônomos, com domínio total da produção, e também degustadores, especializados em café.
:: Ele é muito mais que foda
- Ouviu o novo disco do Luiz Tatit? Fui ao pocket na Livraria da Vila. É delicioso.... As letras dele.... A voz da Ná...
- Ainda não, como chama?
- Rodopio.
Aí assunto vai, assunto vem, a coisa muda de caminho. Tem até aquele silêncio incômodo de alguma coisa triste no ar... E ele retoma na maior elegância:
- Rodopio é com duas pessoas, né? Dá pra ser com uma no seu própiro eixo, mas o rodopio de verdade é com duas pessoas de mãos dadas, alta velocidade, aquela coisa.
- ...
- E não deu o rodopio, né? Você pode tentar o "Samba Atormentado". Se não der, ainda pode ir embora pra Passárgada.
Ele é muito mais que foda. Ele mostra saídas possíveis. Mais, ele mostra que existem saídas.
- Ouviu o novo disco do Luiz Tatit? Fui ao pocket na Livraria da Vila. É delicioso.... As letras dele.... A voz da Ná...
- Ainda não, como chama?
- Rodopio.
Aí assunto vai, assunto vem, a coisa muda de caminho. Tem até aquele silêncio incômodo de alguma coisa triste no ar... E ele retoma na maior elegância:
- Rodopio é com duas pessoas, né? Dá pra ser com uma no seu própiro eixo, mas o rodopio de verdade é com duas pessoas de mãos dadas, alta velocidade, aquela coisa.
- ...
- E não deu o rodopio, né? Você pode tentar o "Samba Atormentado". Se não der, ainda pode ir embora pra Passárgada.
Ele é muito mais que foda. Ele mostra saídas possíveis. Mais, ele mostra que existem saídas.
:: Os vícios do estômago
O croquete do Genial, Filial e Genésio é infernal, com sal de aipo, imperdível.
Os pennes do Spot e do Ritz. Eu não mudo de assunto nunca quando vou a um ou a outro. No Ritz é sempre penne com presunto cru e aspargos. No Spot, penne ao limone.
Babaganouj do Garabed com acentuado sabor defumado (da berinjela no forno a lenha!) e aqueles pães quentinhos e macios....
A saladona de salmão do Florinda, com gergelim e verdes.
Bife de tira do Martin Fierro.
O brigadeiro de colher da Brigadeiro.
A coca light de máquina do Coco, Cravo e Canela.
Espresso do Santo Grão.
Coado Pessegueiro, feito em casa.
O croquete do Genial, Filial e Genésio é infernal, com sal de aipo, imperdível.
Os pennes do Spot e do Ritz. Eu não mudo de assunto nunca quando vou a um ou a outro. No Ritz é sempre penne com presunto cru e aspargos. No Spot, penne ao limone.
Babaganouj do Garabed com acentuado sabor defumado (da berinjela no forno a lenha!) e aqueles pães quentinhos e macios....
A saladona de salmão do Florinda, com gergelim e verdes.
Bife de tira do Martin Fierro.
O brigadeiro de colher da Brigadeiro.
A coca light de máquina do Coco, Cravo e Canela.
Espresso do Santo Grão.
Coado Pessegueiro, feito em casa.
quinta-feira, setembro 20
quarta-feira, setembro 19
:: Deu no New York Times
A Chef’s Toughest Challenge
By Pete Wells
Grant Achatz of Alinea. (Peter Thompson for The New York Times)
A few minutes ago, Grant Achatz, the chef of Alinea in Chicago, released this statement through his publicist:
“I wanted to personally report that I have been very recently diagnosed with an advanced stage of squamous cell carcinoma of the mouth. I have consulted several prominent physicians and will likely begin aggressive treatment within the next few weeks. I remain, and will remain, actively and optimistically engaged in operations at Alinea to the largest extent possible. Alinea will continue to perform at the level people have come to expect from us — I insist on that. I have received amazing support from friends, family, and everyone who has thus far been told of the disease, and I look forward to a full, cancer-free, recovery.”
Mr. Achatz, 33, is one of the most acclaimed young chefs in the country. He is a leader in the avant-garde movement in cooking, which can take many forms but in his hands means a style of cuisine that is more playful than confrontational, more gentle than abrasive, more witty than cerebral.
While he uses his share of technology in the kitchen, a visitor to his dining room is more likely to notice unexpectedly low-tech innovations like a linen pillow filled with scented air. (A waiter sets a plate down on the pillow, which gradually expels the air. When it works, the technique can add an aroma to the diner’s experience of the dish - an aroma of an ingredient that might not be present in the dish itself.)
Frank Bruni reported on Alinea the week it opened in a piece in The Times about the avant garde movement. I wrote a profile of Mr. Achatz several years ago in Food & Wine magazine.
I traded instant messages with Mr. Achatz a few minutes ago. He said that his dentist had noticed a “dot” on his tongue back in 2004 but a biopsy came back negative. Then around a month ago, his tongue began to hurt pretty seriously, and he went back for a biopsy. This time it was positive.
His energy level is high, he said, but because eating is painful he has lost about 12 pounds in the past two weeks. While he weighs his treatment options, he said he was “trying to work as much as possible,” and has already started planning his fall menu. He said his staff had responded to the news “amazingly, as I expected them to.”
Mr. Achatz sometimes gives the impression that he is either working or thinking about work all the time. Now his staff is getting accustomed to receiving some of those thoughts on e-mail and instant messages tapped out in the waiting room of his doctors’ offices
A Chef’s Toughest Challenge
By Pete Wells
Grant Achatz of Alinea. (Peter Thompson for The New York Times)
A few minutes ago, Grant Achatz, the chef of Alinea in Chicago, released this statement through his publicist:
“I wanted to personally report that I have been very recently diagnosed with an advanced stage of squamous cell carcinoma of the mouth. I have consulted several prominent physicians and will likely begin aggressive treatment within the next few weeks. I remain, and will remain, actively and optimistically engaged in operations at Alinea to the largest extent possible. Alinea will continue to perform at the level people have come to expect from us — I insist on that. I have received amazing support from friends, family, and everyone who has thus far been told of the disease, and I look forward to a full, cancer-free, recovery.”
Mr. Achatz, 33, is one of the most acclaimed young chefs in the country. He is a leader in the avant-garde movement in cooking, which can take many forms but in his hands means a style of cuisine that is more playful than confrontational, more gentle than abrasive, more witty than cerebral.
While he uses his share of technology in the kitchen, a visitor to his dining room is more likely to notice unexpectedly low-tech innovations like a linen pillow filled with scented air. (A waiter sets a plate down on the pillow, which gradually expels the air. When it works, the technique can add an aroma to the diner’s experience of the dish - an aroma of an ingredient that might not be present in the dish itself.)
Frank Bruni reported on Alinea the week it opened in a piece in The Times about the avant garde movement. I wrote a profile of Mr. Achatz several years ago in Food & Wine magazine.
I traded instant messages with Mr. Achatz a few minutes ago. He said that his dentist had noticed a “dot” on his tongue back in 2004 but a biopsy came back negative. Then around a month ago, his tongue began to hurt pretty seriously, and he went back for a biopsy. This time it was positive.
His energy level is high, he said, but because eating is painful he has lost about 12 pounds in the past two weeks. While he weighs his treatment options, he said he was “trying to work as much as possible,” and has already started planning his fall menu. He said his staff had responded to the news “amazingly, as I expected them to.”
Mr. Achatz sometimes gives the impression that he is either working or thinking about work all the time. Now his staff is getting accustomed to receiving some of those thoughts on e-mail and instant messages tapped out in the waiting room of his doctors’ offices
:: Muito indie
Cris Couto está numa fase muito indie e então, quando viajámos juntas para Curitiba, para o Colóquio de História da Alimentação, ela escreveu na minha sagrada agenda colorida as novas dicas musicais. Eu sugeri algumas também, que trouxe de NY. O resumo do que tenho de buscar é esse:
Hellogoodbye
David Guetta
Kasabian
The Kills
The Breeders
Mamacadela
Cities in Dust
Razorlight
The Fratellis
Cris Couto está numa fase muito indie e então, quando viajámos juntas para Curitiba, para o Colóquio de História da Alimentação, ela escreveu na minha sagrada agenda colorida as novas dicas musicais. Eu sugeri algumas também, que trouxe de NY. O resumo do que tenho de buscar é esse:
Hellogoodbye
David Guetta
Kasabian
The Kills
The Breeders
Mamacadela
Cities in Dust
Razorlight
The Fratellis
terça-feira, setembro 18
segunda-feira, setembro 17
:: A companhia perfeita
Ela é a companhia perfeita pro café. Se a visita é na ZL ela vai mesmo assim. Não importa que é sexta e muito menos que vai chover. Não importa que o trânsito está terrível e que o café nem é tão bom assim. O que importa é que ela não vai pular a hora do lanche. É tão sagrada que depois do salgado, vem o doce, que ela mesma chama de "a sobremesa do lanche". Eu adoro, porque é pretexto pra ficar mais tempo perto. Ela sai estufada e feliz (porque hoje em dia não engorda mais: ela corre no parque de manhã e fica agitada até mais tarde).
Ela é a companhia perfeita pro café. Se a visita é na ZL ela vai mesmo assim. Não importa que é sexta e muito menos que vai chover. Não importa que o trânsito está terrível e que o café nem é tão bom assim. O que importa é que ela não vai pular a hora do lanche. É tão sagrada que depois do salgado, vem o doce, que ela mesma chama de "a sobremesa do lanche". Eu adoro, porque é pretexto pra ficar mais tempo perto. Ela sai estufada e feliz (porque hoje em dia não engorda mais: ela corre no parque de manhã e fica agitada até mais tarde).
sexta-feira, setembro 14
:: Superpoderosa pela zona norte
E então agora eu sei chegar na Casa Garadeb sozinha, sem mapa e sem parar em posto de gasolina, e virei praticamente habitué (e olha que tem uma fila enorme que quer ir lá comigo, com gente de todas as espécies!). E agora eu virei a Mulher Maravilha e me amo bem mais.
Outro dia eu escrevi sobre:
Uma portinha numa ruela residencial em Santana, na zona norte da cidade, dá passagem a um universo árabe especialíssimo. De origem armênia, a terceira geração da família Garabed dá continuidade ao trabalho que começou em 1951 com a abertura do restaurante, simples, com paredes de ladrilhos. De um forno a lenha à vista dos clientes, que fica numa cozinha aberta, saem deliciosas esfihas, com massa fina e bem temperadas (R$ 3,10, a aberta de carne). A berinjela fica no mesmo fogo para o preparo do babaganouj, servido com sabor defumado equilibrado, com salsinha microprocessada e cebola crua ralada em cima. As pequenas rodelas de pães também preparadas ali chegam sempre quentinhas à mesa. Entre os pratos, caprichosamente finalizados, uma boa pedida é o madzunôv kiofté (quibes redondos recheados com carne e snobar, assados no forno a lenha e cozidos na coalhada fresca com especiarias, R$ 37, uma porção bem servida).
E então agora eu sei chegar na Casa Garadeb sozinha, sem mapa e sem parar em posto de gasolina, e virei praticamente habitué (e olha que tem uma fila enorme que quer ir lá comigo, com gente de todas as espécies!). E agora eu virei a Mulher Maravilha e me amo bem mais.
Outro dia eu escrevi sobre:
Uma portinha numa ruela residencial em Santana, na zona norte da cidade, dá passagem a um universo árabe especialíssimo. De origem armênia, a terceira geração da família Garabed dá continuidade ao trabalho que começou em 1951 com a abertura do restaurante, simples, com paredes de ladrilhos. De um forno a lenha à vista dos clientes, que fica numa cozinha aberta, saem deliciosas esfihas, com massa fina e bem temperadas (R$ 3,10, a aberta de carne). A berinjela fica no mesmo fogo para o preparo do babaganouj, servido com sabor defumado equilibrado, com salsinha microprocessada e cebola crua ralada em cima. As pequenas rodelas de pães também preparadas ali chegam sempre quentinhas à mesa. Entre os pratos, caprichosamente finalizados, uma boa pedida é o madzunôv kiofté (quibes redondos recheados com carne e snobar, assados no forno a lenha e cozidos na coalhada fresca com especiarias, R$ 37, uma porção bem servida).
:: Sala de estar
Ontem a choperia do Sesc Pompéia virou sala de estar. Eu fiquei ali, colocando a vida inteira em dia com o Shin, numa boa. Enquanto isso, Prefuse 73 mostrava pra gente (mas sem atrapalhar) aquela música inquieta que eu não sei explicar. Mas, me explicam: é uma mistura de elementos de hip hop e eletrônica. Alguma coisa assim com outras várias influências.
Foi foda!
Ontem a choperia do Sesc Pompéia virou sala de estar. Eu fiquei ali, colocando a vida inteira em dia com o Shin, numa boa. Enquanto isso, Prefuse 73 mostrava pra gente (mas sem atrapalhar) aquela música inquieta que eu não sei explicar. Mas, me explicam: é uma mistura de elementos de hip hop e eletrônica. Alguma coisa assim com outras várias influências.
Foi foda!
quinta-feira, setembro 13
:: O homem das nossas vidas
Estou tão paralisada com o show do Joshua Redman, que ainda não consegui escrever. É algo que eu não consigo tirar de dentro de mim. Que fora talvez perca o sentido. Como o Di disse quando foi escrever sobre o show, "Hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos...." Eu digo mais: eu quero hoje, amanhã e depois. Quem sabe deixando um tempinho passar, a coisa flui.
Estou tão paralisada com o show do Joshua Redman, que ainda não consegui escrever. É algo que eu não consigo tirar de dentro de mim. Que fora talvez perca o sentido. Como o Di disse quando foi escrever sobre o show, "Hoje eu quero apenas uma pausa de mil compassos...." Eu digo mais: eu quero hoje, amanhã e depois. Quem sabe deixando um tempinho passar, a coisa flui.
terça-feira, setembro 11
:: Milágrimas
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
(Itamar Assumpção e Alice Ruiz)
Em caso de dor ponha gelo
Mude o corte de cabelo
Mude como modelo
Vá ao cinema dê um sorriso
Ainda que amarelo, esqueça seu cotovelo
Se amargo foi já ter sido
Troque já esse vestido
Troque o padrão do tecido
Saia do sério deixe os critérios
Siga todos os sentidos
Faça fazer sentido
A cada mil lágrimas sai um milagre
Caso de tristeza vire a mesa
Coma só a sobremesa coma somente a cereja
Jogue para cima faça cena
Cante as rimas de um poema
Sofra penas viva apenas
Sendo só fissura ou loucura
Quem sabe casando cura
Ninguém sabe o que procura
Faça uma novena reze um terço
Caia fora do contexto invente seu endereço
A cada mil lágrimas sai um milagre
Mas se apesar de banal
Chorar for inevitável
Sinta o gosto do sal do sal do sal
Sinta o gosto do sal
Gota a gota, uma a uma
Duas três dez cem mil lágrimas sinta o milagre
A cada mil lágrimas sai um milagre
:: O terapeuta que a gente sempre quis
Meu analista é assim. Diz coisa que dói, diz coisa que esquenta. E ainda é um luxo, encaixa as melhores citações nas conversas mais difíceis. Outro dia foi Drummond. Mais que isso. Não bastasse ser Drummond, foi um dos meus prediletos, que tenho anotado num caderninho de quando eu era bem adolescentinha.
"O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."
Meu analista é assim. Diz coisa que dói, diz coisa que esquenta. E ainda é um luxo, encaixa as melhores citações nas conversas mais difíceis. Outro dia foi Drummond. Mais que isso. Não bastasse ser Drummond, foi um dos meus prediletos, que tenho anotado num caderninho de quando eu era bem adolescentinha.
"O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas."
:: Jantarzinho segunda?
Na família é assim. Temos um assunto sério para conversar e a coisa já vira pretexto pra um jantarzinho caprichado. Mas desta vez, o motivo principal eram as jabuticabas trazidas do sítio. Ai, as jabuticabas... Firmes e docinhas, numa tijela de cerâmica bonitona. E fomos comendo na sobremesa e lembrando da infância naquele "jardim de jabuticabas" que tem ali embaixo, com mais ou menos 100 pés, com tamanhos e idades diferentes e todos deliciosamente tentadores. A gente subia com uma engenhosidade especial e era capaz de ficar ali o dia todo, comendo aquelas bolinhas pretas irresisteiveis.
Antes disso, jantamos. Saladinha cortadinha, colorida, com gergelim bicolor salpicado pra dar aquela alegria. Depois postas suculentíssimas de garoupa preparadas no forno e camarõezinhos. O arroz feito na hora, claro. Tudo fresquíssimo. Domingo papai voltou do sítio e parou ainda bem cedo no Ceasa para comprar flores, peixes e frutos do mar.
Para acompanhar, teve vinho tinto da Enoteca Fasano, o argentino de Mendoza, o Quiemera, safra 2004.
Tudo fica bem mais gostoso.
Na família é assim. Temos um assunto sério para conversar e a coisa já vira pretexto pra um jantarzinho caprichado. Mas desta vez, o motivo principal eram as jabuticabas trazidas do sítio. Ai, as jabuticabas... Firmes e docinhas, numa tijela de cerâmica bonitona. E fomos comendo na sobremesa e lembrando da infância naquele "jardim de jabuticabas" que tem ali embaixo, com mais ou menos 100 pés, com tamanhos e idades diferentes e todos deliciosamente tentadores. A gente subia com uma engenhosidade especial e era capaz de ficar ali o dia todo, comendo aquelas bolinhas pretas irresisteiveis.
Antes disso, jantamos. Saladinha cortadinha, colorida, com gergelim bicolor salpicado pra dar aquela alegria. Depois postas suculentíssimas de garoupa preparadas no forno e camarõezinhos. O arroz feito na hora, claro. Tudo fresquíssimo. Domingo papai voltou do sítio e parou ainda bem cedo no Ceasa para comprar flores, peixes e frutos do mar.
Para acompanhar, teve vinho tinto da Enoteca Fasano, o argentino de Mendoza, o Quiemera, safra 2004.
Tudo fica bem mais gostoso.
domingo, setembro 9
:: Livros e mais livros
Neste feriado ganhei mais livros. Eba! Um que eu já tinha, de Jeffrey Steingarten, "O homem que comeu de tudo", outro do mesmo autor: "Deve ter sido alguma coisa que eu comi". Aí vem um de vinho, pra ver se tomo vergonha na cara _"Vinhos, O Essencial", de José Ivan Santos. Além de um pequetucho, "Vinhos: um guia básico", do meu chefe, Josimar Melo.
Neste feriado ganhei mais livros. Eba! Um que eu já tinha, de Jeffrey Steingarten, "O homem que comeu de tudo", outro do mesmo autor: "Deve ter sido alguma coisa que eu comi". Aí vem um de vinho, pra ver se tomo vergonha na cara _"Vinhos, O Essencial", de José Ivan Santos. Além de um pequetucho, "Vinhos: um guia básico", do meu chefe, Josimar Melo.
:: Sempre melhor
O Obá sempre está melhor do que no dia anterior. Por isso que eu sempre volto. O clima continua alegre, colorido. O atendiento só fica mais afiado. Hugo continua andando pelo salão, entrando e saindo da cozinha. Os pratos são uma delícia, constantes e bem apresentados. Eu adoro. Agora está tudo melhor porque o Obá está participando da Restaurant Week e o cardádio especial com entrada, prato principal e sobremesa custa só R$ 24 e alguns trocados. Não é um luxo?
Adorei essa história deles imitarem a semana de NY. Primeiro porque é NY, segundo porque a idéia é mesmo muito boa. Vários restaurantes aderem e preparam menus completos por preços baixíssimos. Eu ainda quero ir no mínimo no Trindade, que está na lista dos novos-que-quero-conhecer, para aproveitar o custo-benefício.
No domingo, eu comi:
de entrada a saladinha da aninha, com mistura de folhas com figos grelhados, parmesão e pignoli. Para o principal, tacos de pollo. Você mesmo faz os seus taquitos na mesa, como no méxico. A apresentação é impecável: tirinhas de frango servidas em uma minipanelinha muito fofa; ao lado, um potinho com guacamole e outro com salsita (tomate cortado em cubinhos e pimenta jalapeno - essa grafia está certa? Copiei do "Diconário de Pimentas"). Três colherinhas de chá para você preparar os seus tacos. As tortilhas vêm embrulhadas num paninho estampado lindo para conservar o calor. Depois de tudo, respira fundo que a sobremesa vem vindo. Eu escolhi a torta de banana molinha na base e caramelizada no topo, servida com sorvete de creme, mas tinha também bolinho de estudante com sorvete de coco e farofa.
O Obá sempre está melhor do que no dia anterior. Por isso que eu sempre volto. O clima continua alegre, colorido. O atendiento só fica mais afiado. Hugo continua andando pelo salão, entrando e saindo da cozinha. Os pratos são uma delícia, constantes e bem apresentados. Eu adoro. Agora está tudo melhor porque o Obá está participando da Restaurant Week e o cardádio especial com entrada, prato principal e sobremesa custa só R$ 24 e alguns trocados. Não é um luxo?
Adorei essa história deles imitarem a semana de NY. Primeiro porque é NY, segundo porque a idéia é mesmo muito boa. Vários restaurantes aderem e preparam menus completos por preços baixíssimos. Eu ainda quero ir no mínimo no Trindade, que está na lista dos novos-que-quero-conhecer, para aproveitar o custo-benefício.
No domingo, eu comi:
de entrada a saladinha da aninha, com mistura de folhas com figos grelhados, parmesão e pignoli. Para o principal, tacos de pollo. Você mesmo faz os seus taquitos na mesa, como no méxico. A apresentação é impecável: tirinhas de frango servidas em uma minipanelinha muito fofa; ao lado, um potinho com guacamole e outro com salsita (tomate cortado em cubinhos e pimenta jalapeno - essa grafia está certa? Copiei do "Diconário de Pimentas"). Três colherinhas de chá para você preparar os seus tacos. As tortilhas vêm embrulhadas num paninho estampado lindo para conservar o calor. Depois de tudo, respira fundo que a sobremesa vem vindo. Eu escolhi a torta de banana molinha na base e caramelizada no topo, servida com sorvete de creme, mas tinha também bolinho de estudante com sorvete de coco e farofa.
quinta-feira, setembro 6
:: Os desenhos no corpo
Quando fui fazer minha segunda tattoo contei a piadinha clássica da minha primeira para a japa loira (incrível) que ia me tatuar. Ela riu e me ensinou algo que mudou a minha vida: "não diga 'tenho uma tatuagem', diga 'tenho um detalhe'". Sério, agora as pessoas não podem mais rir da minha sujeirinha! Depois desse grande descobrimento, fui fazer o pé. Já teve um dia que passei pelo constrangimento da depiladora limpar o meu risquinho achando que era sujeira (mesmo!). rara Hoje foi a vez da manicure, com aquele sotaque baiano que eu adoro:
- Lu, doeu muito pra fazer, foi?
- Não, passou muito rápido.
- Então por que você parou ela no meio?
Quando fui fazer minha segunda tattoo contei a piadinha clássica da minha primeira para a japa loira (incrível) que ia me tatuar. Ela riu e me ensinou algo que mudou a minha vida: "não diga 'tenho uma tatuagem', diga 'tenho um detalhe'". Sério, agora as pessoas não podem mais rir da minha sujeirinha! Depois desse grande descobrimento, fui fazer o pé. Já teve um dia que passei pelo constrangimento da depiladora limpar o meu risquinho achando que era sujeira (mesmo!). rara Hoje foi a vez da manicure, com aquele sotaque baiano que eu adoro:
- Lu, doeu muito pra fazer, foi?
- Não, passou muito rápido.
- Então por que você parou ela no meio?
:: Um cocô de um bebê
Então hoje eu fui fazer o turno da noite na casa da BZ. Cheguei umas 21h e sai 23h30. Foi uma delícia. Porque Alice está uma princesinha e, de repente, ali estava uma super-hiper-master-mãe. Uma coisa. Mãe, sabe? Coruja, carinhosa, atenciosa, preocupada. Tudo bem dosado. Mas, o que realmente adoro é que mesmo com aquela barriga inchada do pós-parto, os peitos para fora, aquela dor chata e tal, ela não perde o rebolado - e muito menos o senso de humor.
Virou pra mim numa certa altura, toda orgulhosa, e disse:
- Alice fez o primeiro cocô ontem. Quer ver?
(neste momento, antes da proposta indecente que me fez, ela dissertou sobre os cocôs dos bebês, daquilo que é eliminado pós-parto, como é, como não é. Ela simplesmente virou uma enciclopédia de bebês e sabe tudo, inclusive, sobre suas fezes!)
Assim, sem cerimônia. E eu olhando pra ela com uma cara estranha, tentando entender até onde chega a loucura de uma mãe para guardar o primero coco da filha. E ela percebeu. Ufa que ela percebeu que eu fiquei um pouco aflita e explicou:
- Não Lu, calma. Eu tirei uma foto. Olha! - e mostrou as imagens assustadoras na máquina digital.
Eu olhei, completamente passada com aquela cena inteira e ela continuou:
- Então, fiquei tão chocada que tirei uma foto pra levar na pediatra. Hoje eu fui lá, ela disse que estava normal. Eu me desculpei por estar levando uma foto do cocô da minha filha mas sabe o que ela disse? Que o que ela mais recebe são e-mails com fotos de fezes de todas as espécies e disse pra mim "fica tranquila".
Então hoje eu fui fazer o turno da noite na casa da BZ. Cheguei umas 21h e sai 23h30. Foi uma delícia. Porque Alice está uma princesinha e, de repente, ali estava uma super-hiper-master-mãe. Uma coisa. Mãe, sabe? Coruja, carinhosa, atenciosa, preocupada. Tudo bem dosado. Mas, o que realmente adoro é que mesmo com aquela barriga inchada do pós-parto, os peitos para fora, aquela dor chata e tal, ela não perde o rebolado - e muito menos o senso de humor.
Virou pra mim numa certa altura, toda orgulhosa, e disse:
- Alice fez o primeiro cocô ontem. Quer ver?
(neste momento, antes da proposta indecente que me fez, ela dissertou sobre os cocôs dos bebês, daquilo que é eliminado pós-parto, como é, como não é. Ela simplesmente virou uma enciclopédia de bebês e sabe tudo, inclusive, sobre suas fezes!)
Assim, sem cerimônia. E eu olhando pra ela com uma cara estranha, tentando entender até onde chega a loucura de uma mãe para guardar o primero coco da filha. E ela percebeu. Ufa que ela percebeu que eu fiquei um pouco aflita e explicou:
- Não Lu, calma. Eu tirei uma foto. Olha! - e mostrou as imagens assustadoras na máquina digital.
Eu olhei, completamente passada com aquela cena inteira e ela continuou:
- Então, fiquei tão chocada que tirei uma foto pra levar na pediatra. Hoje eu fui lá, ela disse que estava normal. Eu me desculpei por estar levando uma foto do cocô da minha filha mas sabe o que ela disse? Que o que ela mais recebe são e-mails com fotos de fezes de todas as espécies e disse pra mim "fica tranquila".
:: Os três salões
Minha mãe enlouquece quando me ouve marcando os afazeres de menininha. Cabelo eu faço num salão, pé + depilação em outro e, no terceiro, vou toda a semana fazer a mão. Só que em véspera de feriado tudo se concentra. Fui hoje a um e amanhã vou a dois seguidos. Deixar tudo nos trinques. É muita peruagem!
Minha mãe enlouquece quando me ouve marcando os afazeres de menininha. Cabelo eu faço num salão, pé + depilação em outro e, no terceiro, vou toda a semana fazer a mão. Só que em véspera de feriado tudo se concentra. Fui hoje a um e amanhã vou a dois seguidos. Deixar tudo nos trinques. É muita peruagem!
quarta-feira, setembro 5
:: Biblioteca gastronômica (adoro)
Outro dia ganhei três livros de cozinha. Dois do Jamie Oliver e o novo do Anthony Bourdain, com as receitas do Les Halles (eu fui!!), de NY.
O último que comprei foi o "Guia do Barista" e hoje vou comprar o da Crica, "Arte de Cozinha", no lançamento. Também hoje mamãe me deu "Dicionário Tradutor de Gastronomia em Seis Línguas" que vai ser muito útil. Pelo menos pra nunca mais ter dúvida do que é monkfish.
Sério: o que você acha que é Monkfish? Olha o nome. A raíz de macaco mais peixe. Não parece algo intragável? Pois não é. É o delicioso tamboril... Por essas e por outras, vai ser útil. Ainda mais no dia-a-dia. Adoro dicionários. Tudo. Pena que, neste caso, a capa é assustadora.
Outro dia ganhei três livros de cozinha. Dois do Jamie Oliver e o novo do Anthony Bourdain, com as receitas do Les Halles (eu fui!!), de NY.
O último que comprei foi o "Guia do Barista" e hoje vou comprar o da Crica, "Arte de Cozinha", no lançamento. Também hoje mamãe me deu "Dicionário Tradutor de Gastronomia em Seis Línguas" que vai ser muito útil. Pelo menos pra nunca mais ter dúvida do que é monkfish.
Sério: o que você acha que é Monkfish? Olha o nome. A raíz de macaco mais peixe. Não parece algo intragável? Pois não é. É o delicioso tamboril... Por essas e por outras, vai ser útil. Ainda mais no dia-a-dia. Adoro dicionários. Tudo. Pena que, neste caso, a capa é assustadora.
:: Antes do discurso, pilulinhas sobre o show do Drexler
1.
Primeiro que foi um inferno estacionar. Combinei de encontrar a Dri lá mesmo porque ela ia sair correndo da Folha e eu ia sair correndo do inglês. Cheguei em um segundo, mas não tinha mais vaga no estacionamento nem na rua. Isso me mata. Aquelas ruas são escuras e eu morro de medo. Mas, enfim, parei. Em cima da hora, mas parei.
Andando até o Sesc Pinheiros, ouvi um diálogo dos guardadores de carro. São os diálogos prediletos.
- Quem vem hoje aí? - um dos caras pergunta pra uma menina que foi pegar alguma coisa no carro
- Jorge Drexler.
O outro ouve e vem correndo lá de longe, gritando:
- Jorge Desxeler, Jorge Desxeler! - pronunciando mais ou menos assim: des-quisi-ler
- Ah, tá... - o outro responde. O filho... O Jorge filho...
Vai entender, né?
***
2.
Chegamos no teatro, sentamos. As nossas cadeiras eram a terceira e quarta da fileira, do corredor pra dentro. Na primeira, tinha um garoto sentado, uma vaga e as nossas em seguida. Sentamos. Pouco depois, ainda com todo mundo se movimentando, procurando seus lugares, luz acesa e aquele agito todo, o mesmo garoto vira pra gente e diz:
- Vocês podem guardar meu lugar um pouco?
E a gente disse sim. Pra que entender as perguntas que as pessoas fazem, né? Como assim "guarda pra mim"? Os lugares são numerados, cada um tem seu ingresso, seu assento. Depois ele voltou. E, atenção, agradeceu!!! rarara
***
2b.
Chega uma amiga dele (uma menina lá do Sesc mesmo) e senta do lado. Pouco depois de começar o show, levanta, sai, e nunca mais volta. A cadeira ficou vazia. Bem na minha frente, tava um cara de uma cabeça que meu Deus. A Dri perguntou se a menina ia voltar, se a gente podia sentar ali. Ele disse que sim, ela ia voltar. Mas passou tanto tempo e a menina não voltou que acho que ele ficou constrangido.
- Olha, pode pular pra cá. Se minha amiga aparecer eu aviso.
A Dri abriu alas pra que eu passasse e cochichou "Senta você porque ese cara é mala". Sentei.
Passa um minuto e o Drexler anuncia a próxima música, numa versão dele, "A Idade do Céu", que o Paulinho Moska gravou no "Tudo Novo De Novo". Eis que o garoto segura o meu braço e pergunta: "Meu, você conhece essa música? Nossa, essa música...". Eu disse que sim e logo comecei a cantar junto. Foi muito bizarro. Mas, ao mesmo tempo, eu entendi, sabe? Ele sentiu um treco tão forte que precisou compartilhar. Eu sinto isso nos shows classudos, que mexem comigo, com as menórias, com o remelexo! É foda!
Mais um tempo e o Drexler disse que ia cantar "Disneylandia", do Arnaldo Antunes. Explicou isso e aquilo sobre a música e começou. O garoto, de novo, se volta pra mim: "Você que sabe tudo sobre o Drexler, que música é essa?" A minha primeira reação foi virar pra Dri pra confirmar. Confirmei e passei a info adiante. Porque como assim o cara tá perguntando sobre a música que foi detalhadamente apresentada? Será que de repente euzinha tinha entendido tudo errado? Mas não. E, atenção, como assim "você que sabe tudo sobre o Drexler"??? rara
O show acabou. Eu e Dri fomos aplaudir o bis lá de pertinho, na escada. E pedir mais. E mais. E mais.
1.
Primeiro que foi um inferno estacionar. Combinei de encontrar a Dri lá mesmo porque ela ia sair correndo da Folha e eu ia sair correndo do inglês. Cheguei em um segundo, mas não tinha mais vaga no estacionamento nem na rua. Isso me mata. Aquelas ruas são escuras e eu morro de medo. Mas, enfim, parei. Em cima da hora, mas parei.
Andando até o Sesc Pinheiros, ouvi um diálogo dos guardadores de carro. São os diálogos prediletos.
- Quem vem hoje aí? - um dos caras pergunta pra uma menina que foi pegar alguma coisa no carro
- Jorge Drexler.
O outro ouve e vem correndo lá de longe, gritando:
- Jorge Desxeler, Jorge Desxeler! - pronunciando mais ou menos assim: des-quisi-ler
- Ah, tá... - o outro responde. O filho... O Jorge filho...
Vai entender, né?
***
2.
Chegamos no teatro, sentamos. As nossas cadeiras eram a terceira e quarta da fileira, do corredor pra dentro. Na primeira, tinha um garoto sentado, uma vaga e as nossas em seguida. Sentamos. Pouco depois, ainda com todo mundo se movimentando, procurando seus lugares, luz acesa e aquele agito todo, o mesmo garoto vira pra gente e diz:
- Vocês podem guardar meu lugar um pouco?
E a gente disse sim. Pra que entender as perguntas que as pessoas fazem, né? Como assim "guarda pra mim"? Os lugares são numerados, cada um tem seu ingresso, seu assento. Depois ele voltou. E, atenção, agradeceu!!! rarara
***
2b.
Chega uma amiga dele (uma menina lá do Sesc mesmo) e senta do lado. Pouco depois de começar o show, levanta, sai, e nunca mais volta. A cadeira ficou vazia. Bem na minha frente, tava um cara de uma cabeça que meu Deus. A Dri perguntou se a menina ia voltar, se a gente podia sentar ali. Ele disse que sim, ela ia voltar. Mas passou tanto tempo e a menina não voltou que acho que ele ficou constrangido.
- Olha, pode pular pra cá. Se minha amiga aparecer eu aviso.
A Dri abriu alas pra que eu passasse e cochichou "Senta você porque ese cara é mala". Sentei.
Passa um minuto e o Drexler anuncia a próxima música, numa versão dele, "A Idade do Céu", que o Paulinho Moska gravou no "Tudo Novo De Novo". Eis que o garoto segura o meu braço e pergunta: "Meu, você conhece essa música? Nossa, essa música...". Eu disse que sim e logo comecei a cantar junto. Foi muito bizarro. Mas, ao mesmo tempo, eu entendi, sabe? Ele sentiu um treco tão forte que precisou compartilhar. Eu sinto isso nos shows classudos, que mexem comigo, com as menórias, com o remelexo! É foda!
Mais um tempo e o Drexler disse que ia cantar "Disneylandia", do Arnaldo Antunes. Explicou isso e aquilo sobre a música e começou. O garoto, de novo, se volta pra mim: "Você que sabe tudo sobre o Drexler, que música é essa?" A minha primeira reação foi virar pra Dri pra confirmar. Confirmei e passei a info adiante. Porque como assim o cara tá perguntando sobre a música que foi detalhadamente apresentada? Será que de repente euzinha tinha entendido tudo errado? Mas não. E, atenção, como assim "você que sabe tudo sobre o Drexler"??? rara
O show acabou. Eu e Dri fomos aplaudir o bis lá de pertinho, na escada. E pedir mais. E mais. E mais.
:: Lançamento
Para prestigiar e homenagear minha amiga, ex-chef-de-verdade, e agora uma incrível historiadora da história da alimentaçao e da ciência, Cris Couto, fui lá no blog dela, que inclusive recomendo super (www.sejabemvinho.blogspot.com), e copiei o que ela mesma diz sobre o maravilhoso trabalho que fez. Hoje tem o lançamento do livro na chamrosíssima Livraria da Vila, da Lorena, com direito a Café da Gelma e tudo, o Il Barista! Nos vemos lá!
"Como não sou nenhum Gabriel Chalita e, portanto, não lanço livros como coleção de verão, faço aqui uma propaganda do meu primeiro - e suado - livrinho. Arte de Cozinha é resultado da minha dissertação de mestrado em História da Ciência na PUC-SP (o site do programa está arrolado em "para degustar II"), sob orientação de Ana Maria Alfonso-Goldfarb, profissional das mais gabaritadas (a plataforma lattes já diz tudo). O prefácio é de outra autoridade na área, a pesquisadora norte-americana Rachel Laudan. Sinto-me honrada de ter tido o apoio delas nesse ofício árduo, mas encantador, que é o de pesquisar.
Nele, busco costurar as relações entre cozinha, medicina e química no Rio de Janeiro do início do século 19, a partir de livros de cozinha portugueses e brasileiros e descrições de viajantes naturalistas que por aqui passaram. O lançamento é amanhã, a partir das 19h, na Livraria da Vila dos Jardins (al. Lorena, 1.731). Para os que gostam de história, de comida e do Brasil, garanto que a leitura é farta!"
Para prestigiar e homenagear minha amiga, ex-chef-de-verdade, e agora uma incrível historiadora da história da alimentaçao e da ciência, Cris Couto, fui lá no blog dela, que inclusive recomendo super (www.sejabemvinho.blogspot.com), e copiei o que ela mesma diz sobre o maravilhoso trabalho que fez. Hoje tem o lançamento do livro na chamrosíssima Livraria da Vila, da Lorena, com direito a Café da Gelma e tudo, o Il Barista! Nos vemos lá!
"Como não sou nenhum Gabriel Chalita e, portanto, não lanço livros como coleção de verão, faço aqui uma propaganda do meu primeiro - e suado - livrinho. Arte de Cozinha é resultado da minha dissertação de mestrado em História da Ciência na PUC-SP (o site do programa está arrolado em "para degustar II"), sob orientação de Ana Maria Alfonso-Goldfarb, profissional das mais gabaritadas (a plataforma lattes já diz tudo). O prefácio é de outra autoridade na área, a pesquisadora norte-americana Rachel Laudan. Sinto-me honrada de ter tido o apoio delas nesse ofício árduo, mas encantador, que é o de pesquisar.
Nele, busco costurar as relações entre cozinha, medicina e química no Rio de Janeiro do início do século 19, a partir de livros de cozinha portugueses e brasileiros e descrições de viajantes naturalistas que por aqui passaram. O lançamento é amanhã, a partir das 19h, na Livraria da Vila dos Jardins (al. Lorena, 1.731). Para os que gostam de história, de comida e do Brasil, garanto que a leitura é farta!"
terça-feira, setembro 4
:: Coisas estranhas
Sabe que hoje encontrei meu ginecologista (que é meu porque era da Dal e agora é de uma turma gigante de amigas-tudo-na-vida) num ambiente social. Fiquei tão constrangida quando o vi de braço quebrado, inteiro de gesso, com uma tipoia, que virei para o outro lado de fininho para não dizer "oi". A gente sempre se encontra em shows _ele é fofo, mora na Granja e aluga uma van com os amigos vizinhos para ir nos shows, depois vão jantar em comitiva sempre em lugares bacanas. Falamos dessas coisas porque são os pontos em comum. Comer bem e sempre renovar os lugares e assitir a muitos muitos shows. Sempre. E pra quebrar aquele constrangimento de uma consulta ginecolóliga, esses assuntos leves vão bem. Mas, voltando, eu desviei, sim. Eu desviei. Porque pensei em tanta coisa estranha que fiquei sem-graça. A primeira coisa foi: "Ainda bem que a Alice nasceu antes dele quebrar o braço, como seria???". Depois veio: "E se eu precisar fazer uma consulta-urgente?? Como vai ser??". Em seguida, comecei a ficar tensa e tentei me concentrar no mantra: "saiam pensamentos estranhos, saiam!".
Sabe que hoje encontrei meu ginecologista (que é meu porque era da Dal e agora é de uma turma gigante de amigas-tudo-na-vida) num ambiente social. Fiquei tão constrangida quando o vi de braço quebrado, inteiro de gesso, com uma tipoia, que virei para o outro lado de fininho para não dizer "oi". A gente sempre se encontra em shows _ele é fofo, mora na Granja e aluga uma van com os amigos vizinhos para ir nos shows, depois vão jantar em comitiva sempre em lugares bacanas. Falamos dessas coisas porque são os pontos em comum. Comer bem e sempre renovar os lugares e assitir a muitos muitos shows. Sempre. E pra quebrar aquele constrangimento de uma consulta ginecolóliga, esses assuntos leves vão bem. Mas, voltando, eu desviei, sim. Eu desviei. Porque pensei em tanta coisa estranha que fiquei sem-graça. A primeira coisa foi: "Ainda bem que a Alice nasceu antes dele quebrar o braço, como seria???". Depois veio: "E se eu precisar fazer uma consulta-urgente?? Como vai ser??". Em seguida, comecei a ficar tensa e tentei me concentrar no mantra: "saiam pensamentos estranhos, saiam!".
segunda-feira, setembro 3
:: Na fila
Quando cheguei na bilheteria para comprar os ingressos do Tim cai pra tras. Tava uma fila gigante e, pior, nao andava. Jamais. Aí fiquei lá parada um tempo, tentando me convencer de que, sim, eu precisava suportar aquilo. Aqueles jovens estudantes de calça rasgada, conversando em códigos. Mais um pouco e me irritei. Porque esse lance da coisa não andar desanima. Faz você perder aquela esperança de que vai dar certo ou aquela ilusão de que, calma, está andando. Aí liguei pra Mari para ela concordar que eu podia desistir daquilo. Ela disse, claro! Aí perdi o meu lugar nada privilegiado e fui dar a volta para subir na escada rolante. Neste momento, é preciso cortar a fila num lugar onde estão aquelas pessoas já há uma hora e pouco ali em pé, esperando, quase na hora de serem atendidas. E aí? O que aconteceu?
- Di (ana), tudo bem?!
- Oi, Lu!
- Tava indo embora...
E ela me dá um abracinho fofo e me puxa pra fila com ela. Eu fico culpada, mas foi irresistível.
Quando cheguei na bilheteria para comprar os ingressos do Tim cai pra tras. Tava uma fila gigante e, pior, nao andava. Jamais. Aí fiquei lá parada um tempo, tentando me convencer de que, sim, eu precisava suportar aquilo. Aqueles jovens estudantes de calça rasgada, conversando em códigos. Mais um pouco e me irritei. Porque esse lance da coisa não andar desanima. Faz você perder aquela esperança de que vai dar certo ou aquela ilusão de que, calma, está andando. Aí liguei pra Mari para ela concordar que eu podia desistir daquilo. Ela disse, claro! Aí perdi o meu lugar nada privilegiado e fui dar a volta para subir na escada rolante. Neste momento, é preciso cortar a fila num lugar onde estão aquelas pessoas já há uma hora e pouco ali em pé, esperando, quase na hora de serem atendidas. E aí? O que aconteceu?
- Di (ana), tudo bem?!
- Oi, Lu!
- Tava indo embora...
E ela me dá um abracinho fofo e me puxa pra fila com ela. Eu fico culpada, mas foi irresistível.
:: Musical
Voltei de viagem com medo dessa coisa de cair o ritmo cultural, os programinhas, os shows, os acontecimentos em geral. Então estou agitada, tentando não deixar a coisa parar, aproveitando que não estou na Redação e tal. Andei vendo shows desde que cheguei, principalmente com a Dri. Agora estou com uma agenda animadora pela frente, com ingressos na mão. Eba!
Olha só:
Jorge Drexler (porque a Dri fez milagre e me convidou!)
Luiz Melodia
Joshua Redman (não acredito que ele vem pra cá e eu vou ver de novo, duas vezes em apenas um ano!!!)
+ Duas duplas do Tim Festival (eee)
1. Feist (o resto não interessa)
2. Bjork, Artic Monkeys, The Killers (e outros).
Será que eu ainda tenho saúde pra isso?
Voltei de viagem com medo dessa coisa de cair o ritmo cultural, os programinhas, os shows, os acontecimentos em geral. Então estou agitada, tentando não deixar a coisa parar, aproveitando que não estou na Redação e tal. Andei vendo shows desde que cheguei, principalmente com a Dri. Agora estou com uma agenda animadora pela frente, com ingressos na mão. Eba!
Olha só:
Jorge Drexler (porque a Dri fez milagre e me convidou!)
Luiz Melodia
Joshua Redman (não acredito que ele vem pra cá e eu vou ver de novo, duas vezes em apenas um ano!!!)
+ Duas duplas do Tim Festival (eee)
1. Feist (o resto não interessa)
2. Bjork, Artic Monkeys, The Killers (e outros).
Será que eu ainda tenho saúde pra isso?
:: Listinhas
Voltei a falar de listas e bateu uma certa saudade. Então resolvi atualizar alguma coisa aqui. Fui bastante ao cinema desde que voltei de viagem. Acho que estou treinando para maratona da Mostra que virá em breve... Olha só:
A Comédia do Poder
O Grande Chefe
Harry Potter e a Ordem da Fênix (da série "eu levo meu irmão ao cinema!")
As Leis de Família
4 Estrelas
Medos Privados em Lugares Públicos
Paris, Te Amo
Sem Reservas
Os Simpsons (da série "eu levo meu irmão ao cinema!")
O Tango de Rashevski
O Ultimato Bourne
Encontros ao Acaso
Sem contar os que eu assisti no Telecine, no Cinemax e no dvd, claro.
Voltei a falar de listas e bateu uma certa saudade. Então resolvi atualizar alguma coisa aqui. Fui bastante ao cinema desde que voltei de viagem. Acho que estou treinando para maratona da Mostra que virá em breve... Olha só:
A Comédia do Poder
O Grande Chefe
Harry Potter e a Ordem da Fênix (da série "eu levo meu irmão ao cinema!")
As Leis de Família
4 Estrelas
Medos Privados em Lugares Públicos
Paris, Te Amo
Sem Reservas
Os Simpsons (da série "eu levo meu irmão ao cinema!")
O Tango de Rashevski
O Ultimato Bourne
Encontros ao Acaso
Sem contar os que eu assisti no Telecine, no Cinemax e no dvd, claro.
domingo, setembro 2
:: Bem-bom
Agora o tempo virou, mas aproveitei o sol forte do sábado com cervejinha na beira da piscina. Depois de um rápido bronze e um mergulho na água geladíssima, teve almoço do papai bem brasileirinho: feijão-preto com paio, farofa, arroz e couve. Tudo sempre em boa companhia, com ótima conversa.
Agora o tempo virou, mas aproveitei o sol forte do sábado com cervejinha na beira da piscina. Depois de um rápido bronze e um mergulho na água geladíssima, teve almoço do papai bem brasileirinho: feijão-preto com paio, farofa, arroz e couve. Tudo sempre em boa companhia, com ótima conversa.
:: Coisas que ouço e anoto
Outro dia num restaurante em Curitiba, depois de servirem os pratos, um garçom apareceu mais de uma vez e perguntou:
- Estão servidas? Estão servidas?
Demorou pra entender que ele queria dizer com isso "estão satisfeitas".
Ontem eu estava no café do Artplex esperando a minha sessão. Aí o garçom chegou, tirou o que estava na mesa e disse:
- Mas podem ficarem à vontade, viu?
Outro dia num restaurante em Curitiba, depois de servirem os pratos, um garçom apareceu mais de uma vez e perguntou:
- Estão servidas? Estão servidas?
Demorou pra entender que ele queria dizer com isso "estão satisfeitas".
Ontem eu estava no café do Artplex esperando a minha sessão. Aí o garçom chegou, tirou o que estava na mesa e disse:
- Mas podem ficarem à vontade, viu?
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