Um pouco da saudade que eu sinto de NY tem a ver com as minhas tardes no gramadão do Central Park (que eu relembrei um pocuo outro dia vendo Woody Allen que amo tanto). Quando o tempo começou a melhorar e começaram a raiar aqueles dias ensolarados, ainda com alguma brisa, eu saía da escola, ia andando para a casa, sempre buscando caminhos diferentes dos que eu tinha feito de manhã, ou no dia anterior, ou na semana anterior. Eu queria olhar coisas novas, entender a disposição dos cafés, das bancas de revista, onde eu sempre parava para comprar o New York Times e, às quartas, religiosamente, a Time Out, as lojas... Eu queria entender melhor a direção das pessoas nas diferentes horas do dia e, mais, eu queria entender, de uma vez por todas, aqueles turistas alucinados pela Times Square enquanto eu só pensava ir para o Brooklyn, para Williamsburg. E então eu chegava em casa, preparava meu almoço (quando eu estava muito feliz, tinha aspargos e cogumelos nos pratos que eu inventava), comia, olhava meus e-mails, escrevia pra um ou pra outro. Desarrumava a minha mochila, pegava minha canga colorida nova que a Mari Tassi tinha me dado, bem grandona, checava se o iPod estava mesmo carregado, deixava caderninho, canetas e um livro na bolsa, colocava as havaianas verdes e saía. Eu caminhava até o Central Park... Ai, o Central Park. E então, eu deitava ali no meio, sempre no mesmo lugar. Foi assim que fiquei amiga de uma babá de duas crianças lindas, que peguei no colo e brinquei por dias. Falamos qualquer coisa em inglês no começo, eu meio tímida... Paramos. E então ela falou alguma coisa em português às crianças e eu não acreditei. Foi mais ou menos assim. Depois disso, chegou uma, duas, três babás. Depois outra e mais outra. Elas juntavam um monte de cangas (mesmo!) e espalhavam aquelas crianças fofitas ali. E eu virei conhecida depois do terceiro dia, acho. Me chamavam pelo nome e eu podia pegar no colo quem eu bem entendesse. Um dia que eu não ia, no seguinte perguntavam o que tinha acontecido. Uma delícia. Eu me sentia em casa - e estava. Às sextas, era dia das próprias mães levarem seus filhos para passear. Neste último dia de gramadão, com um aperto indscritível, tirei algumas fotos.
sexta-feira, setembro 28
:: Um pedaço da saudade
Um pouco da saudade que eu sinto de NY tem a ver com as minhas tardes no gramadão do Central Park (que eu relembrei um pocuo outro dia vendo Woody Allen que amo tanto). Quando o tempo começou a melhorar e começaram a raiar aqueles dias ensolarados, ainda com alguma brisa, eu saía da escola, ia andando para a casa, sempre buscando caminhos diferentes dos que eu tinha feito de manhã, ou no dia anterior, ou na semana anterior. Eu queria olhar coisas novas, entender a disposição dos cafés, das bancas de revista, onde eu sempre parava para comprar o New York Times e, às quartas, religiosamente, a Time Out, as lojas... Eu queria entender melhor a direção das pessoas nas diferentes horas do dia e, mais, eu queria entender, de uma vez por todas, aqueles turistas alucinados pela Times Square enquanto eu só pensava ir para o Brooklyn, para Williamsburg. E então eu chegava em casa, preparava meu almoço (quando eu estava muito feliz, tinha aspargos e cogumelos nos pratos que eu inventava), comia, olhava meus e-mails, escrevia pra um ou pra outro. Desarrumava a minha mochila, pegava minha canga colorida nova que a Mari Tassi tinha me dado, bem grandona, checava se o iPod estava mesmo carregado, deixava caderninho, canetas e um livro na bolsa, colocava as havaianas verdes e saía. Eu caminhava até o Central Park... Ai, o Central Park. E então, eu deitava ali no meio, sempre no mesmo lugar. Foi assim que fiquei amiga de uma babá de duas crianças lindas, que peguei no colo e brinquei por dias. Falamos qualquer coisa em inglês no começo, eu meio tímida... Paramos. E então ela falou alguma coisa em português às crianças e eu não acreditei. Foi mais ou menos assim. Depois disso, chegou uma, duas, três babás. Depois outra e mais outra. Elas juntavam um monte de cangas (mesmo!) e espalhavam aquelas crianças fofitas ali. E eu virei conhecida depois do terceiro dia, acho. Me chamavam pelo nome e eu podia pegar no colo quem eu bem entendesse. Um dia que eu não ia, no seguinte perguntavam o que tinha acontecido. Uma delícia. Eu me sentia em casa - e estava. Às sextas, era dia das próprias mães levarem seus filhos para passear. Neste último dia de gramadão, com um aperto indscritível, tirei algumas fotos.

Um pouco da saudade que eu sinto de NY tem a ver com as minhas tardes no gramadão do Central Park (que eu relembrei um pocuo outro dia vendo Woody Allen que amo tanto). Quando o tempo começou a melhorar e começaram a raiar aqueles dias ensolarados, ainda com alguma brisa, eu saía da escola, ia andando para a casa, sempre buscando caminhos diferentes dos que eu tinha feito de manhã, ou no dia anterior, ou na semana anterior. Eu queria olhar coisas novas, entender a disposição dos cafés, das bancas de revista, onde eu sempre parava para comprar o New York Times e, às quartas, religiosamente, a Time Out, as lojas... Eu queria entender melhor a direção das pessoas nas diferentes horas do dia e, mais, eu queria entender, de uma vez por todas, aqueles turistas alucinados pela Times Square enquanto eu só pensava ir para o Brooklyn, para Williamsburg. E então eu chegava em casa, preparava meu almoço (quando eu estava muito feliz, tinha aspargos e cogumelos nos pratos que eu inventava), comia, olhava meus e-mails, escrevia pra um ou pra outro. Desarrumava a minha mochila, pegava minha canga colorida nova que a Mari Tassi tinha me dado, bem grandona, checava se o iPod estava mesmo carregado, deixava caderninho, canetas e um livro na bolsa, colocava as havaianas verdes e saía. Eu caminhava até o Central Park... Ai, o Central Park. E então, eu deitava ali no meio, sempre no mesmo lugar. Foi assim que fiquei amiga de uma babá de duas crianças lindas, que peguei no colo e brinquei por dias. Falamos qualquer coisa em inglês no começo, eu meio tímida... Paramos. E então ela falou alguma coisa em português às crianças e eu não acreditei. Foi mais ou menos assim. Depois disso, chegou uma, duas, três babás. Depois outra e mais outra. Elas juntavam um monte de cangas (mesmo!) e espalhavam aquelas crianças fofitas ali. E eu virei conhecida depois do terceiro dia, acho. Me chamavam pelo nome e eu podia pegar no colo quem eu bem entendesse. Um dia que eu não ia, no seguinte perguntavam o que tinha acontecido. Uma delícia. Eu me sentia em casa - e estava. Às sextas, era dia das próprias mães levarem seus filhos para passear. Neste último dia de gramadão, com um aperto indscritível, tirei algumas fotos.
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